Ministério Público pede pena efectiva para brasileira.
O Ministério Público pediu na passada quarta-feira, 28 de Novembro, prisão efectiva para um chefe de polícia, uma prostituta e outros dois arguidos ligados a esquemas de extorsão num caso em julgamento no Tribunal da Covilhã.
Durante as alegações finais, que começaram a ser ouvidas, o procurador da República Dinis Cabral defendeu a condenação dos dez arguidos no caso. No entanto, admitiu que sejam aplicadas penas suspensas às alegadas cúmplices Maria Alcina Pinheiro e Isabel Gregório. Pediu igualmente "penas leves" para o proprietário e três instrutores da escola de condução Moncorvense, que respondem por alegada falsificação de cartas de condução.
No âmbito deste caso investigado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Janete Pires, 39 anos, e o companheiro, Ricardo Madaleno, 33 anos, cantoneiro da Câmara da Covilhã, estão em prisão preventiva.
De acordo com o Ministério Público, Janete, natural do Brasil, assume-se como prostituta, dirigiu uma casa de alterne e está acusada de crimes de extorsão, burla qualificada, lenocínio, auxilio a imigração ilegal, corrupção activa e falsificação de documentos. É pedida também prisão efetiva para Ricardo Madaleno e Mário Serrano, 34 anos, apontados como cúmplices nos estratagemas de Janete ameaçando e agredindo vítimas para entregarem elevadas quantias em dinheiro.
O chefe de polícia Francisco Casteleiro, 55 anos, está suspenso de funções e o Ministério Público considera que teve "uma importante participação" na "obtenção de dados pessoais para execução das práticas ilícitas", recorrendo a "meios do Estado".
Maria Alcina terá auxiliado Janete nalguns dos esquemas de extorsão, enquanto a funcionária bancária Isabel Gregório, entretanto despedida, é acusada de falsificação de documentos para dar acesso a cadernetas com as quais era levantado dinheiro das vítimas.
As alegações finais prosseguem no dia 17 de Dezembro, a partir das 9 horas, no Tribunal da Covilhã.
Autor
NC
Palavras-Chave
efectiva / Janete / Ministério / Público / Novembro / Covilhã / caso / prisão / arguidos / Gregório
Entidades
Dinis Cabral / Maria Alcina Pinheiro / Isabel Gregório / Janete Pires / Ricardo Madaleno
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original
A PJ da Guarda, em cooperação com as autoridades espanholas, colocou um ponto final numa situação de...
Presumível rede de extorsão começou hoje a ser julgada no Tribunal da Covilhã...