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Franceses voltam a invadir Almeida

2012-08-29

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Mais de 300 figurantes recriaram no fim-de-semana o cerco a Almeida.

Muralhas repletas de gente em Almeida na noite do passado sábado, 25. Mais uma vez, durante o fim-de-semana, a vila fronteiriça recriou o Cerco de que foi alvo pelas tropas de Napoleão, durante as Invasões Francesas, o que motivou uma autêntica enchente, sobretudo na noite de sábado, com muitos visitantes portugueses, mas acima de tudo uma grande presença de espanhóis, face à proximidade com a fronteira de Vilar Formoso. Segundo os locais, com quem o NC teve oportunidade de falar, de ano para ano, o evento "atrai cada vez mais gente".
No "campo de batalha" marcaram presença mais de 300 figurantes, vindo não só de Portugal, mas também da Escócia, Inglaterra, França, Holanda e Espanha. Uma recriação que contou com a colaboração da Associação Napoleónica Portuguesa, havendo tropas a pé, a cavalo e os tradicionais tiros de canhão, com pólvora seca, que a determinada altura, para quem não soubesse o que decorria nas muralhas, pensaria que Almeida estaria a arder, tal a quantidade de fumo. À entrada, nas Portas de São Francisco, Quartel das Esquadras e Igreja Matriz, uma das novidades este ano foi a projecção de imagens sobre a Guerra Peninsular, nas noites de sexta-feira e sábado, com som a explicar tudo o que aparecia projectado nas paredes destes sítios. Dentro da fortaleza típica, em forma de estrela, outra novidade: a realização de um mercado quinhentista, onde era possível comprar produtos regionais, como os queijos, os vinhos, a jeropiga, ginja ou os bolos típicos, e algumas barracas de comes e bebes, bem como a presença de alguns artesãos. No total, nos três dias, esta oitava recriação do Cerco a Almeida, organizado pela autarquia local, terá envolvido mais de 500 pessoas e atraído milhares de turistas.
Segundo o presidente da Câmara de Almeida, Batista Ribeiro, este evento é já "uma marca" não só a nível regional, como a nível internacional atraindo sobretudo muitos espanhóis da zona raiana e de Salamanca. Durante os três dias, houve também a realização de um seminário internacional sobre localidades com fortificações, tal como Almeida, em que se abordou a função que hoje têm edifícios que no passado tiveram funções militares, foi realizado também um acampamento histórico com oficinas pedagógicas, mas o que mais atraiu pessoas foi mesmo a batalha nocturna com o assalto à fortaleza, no sábado, com milhares a marcarem presença nas muralhas.

Ponto crucial de entrada do inimigo

Durante as guerras peninsulares, em 1810, Almeida surge como um ponto crucial para a entrada de tropas inimigas em território português. A 24 de Julho, após o combate na ponte do Côa, as tropas francesas exigem que a Praça de Almeida seja entregue. Perante a recusa, as tropas de Napoleão montam um Cerco e a 26 de Agosto abrem fogo sobre a localidade, incendiando desde logo muitos edifícios. Há muitas baixas civis e militares, e alguns edifícios, como o castelo ou Igreja Matriz, são destruídas. A 28 de Agosto, são depostas as armas e Almeida é conquistada. Mas seria recuperada em 1811, pelas tropas de Wellington. É esta a história que todos os anos a autarquia local recria com esta realização.
Segundo o NC apurou junto do posto de turismo local, todos os anos passam por Almeida mais de 70 mil turistas, com principal incidência de espanhóis, embora nos últimos anos, muitos brasileiros também comecem a marcar presença.



Autor
João Alves

Categoria
Secções Centrais

Palavras-Chave
Almeida / cerco / tropas / presença / sábado / durante / Muralhas / realização / espanhóis / gente

Entidades
Napoleão / Almeida / Batista Ribeiro / NC / Associação Napoleónica Portuguesa

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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