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Caria também teve os seus judeus

2013-03-13

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Cerca de 40 marcas cruciformes descobertas na vila.

"Caria também teve uma comunidade judaica. Talvez não tão numerosa como a de Belmonte, mas sim, pode-se dizer que também teve os seus judeus". A afirmação é de Elisabete Robalo, arqueóloga da Câmara de Belmonte, e uma das responsáveis pela organização do encontro "Os enigmas da herança judaica", que se realiza amanhã, sexta-feira, 15, e sábado, 16, na Casa da Torre, em Caria.
O evento arranca na sexta-feira à tarde, pelas 15 horas, com uma intervenção do rabino da Comunidade Judaica de Belmonte, Elisha Salas. Depois, Augusto Moutinho Borges irá falar sobre as "metamorfoses do espaço urbano" de Almeida e pelas 17 horas, Carolino Tapadejo aborda o tema "Castelo de Vide, marcas da arquitectura judaica". Meia hora depois, a vez de Antonieta Garcia falar sobre "Judeus em Caria". Um tema que ganhou agora mais relevância após levantamentos feitos pela autarquia belmontense, onde foram descobertas quatro dezenas de marcas cruciformes. "É verdade que encontrámos várias marcas. Se calhar, até mais que em Belmonte. Possivelmente por lá ter havido mais construção e essas marcas terem desaparecido. Estamos a fazer esse levantamento e a contactar alguns proprietários no sentido de as preservarmos" explica a arqueóloga da autarquia, Elisabete Robalo.
A responsável assegura que Caria também teve os seus judeus e revela também o possível aparecimento de um armário sagrado, um local onde os judeus guardavam a "tora", o livro sagrado dos judeus. "Sim, há especialistas que asseguram que é mesmo um armário sagrado. Ainda estamos a proceder ao estudo, mas aqui em Caria também se encontraram vestígios de um processo inquisitório" assegura a arqueóloga. Daí a escolha da vila para a realização deste evento, de modo a divulgar estas "novidades" à comunidade em geral.
Na sexta-feira, é ainda inaugurada a exposição "Os enigmas da herança judaica no concelho de Belmonte". "Trata-se de uma mostra itinerante, constituída por diversos painéis, onde se explica de maneira simples, o que foi o criptojudaísmo" explica Elisabete Robalo, revelando que a exposição passará por outros locais, no concelho, como por exemplo, o Museu Judaico. À noite, pelas 21 horas, será feita uma visita a locais onde existem motivos cruciformes, em Caria.
Já no sábado, 16, o encontro começa pelas 9 horas e 30, com Jorge Martins a falar de "Vestígios criptojudaicos e histórias do criptojudaísmo". Às 10, o jornalista José Domingos aborda o tema "Marcas cruciformes: sacralização, protecção ou misticismo? A dupla identidade dos cristãos-novos". Às 11 horas, Cecília Zacarias faz uma análise sobre as antigas judiarias no contexto urbano do século XXI na Covilhã, Castelo Branco, Guarda e Trancoso", e meia hora depois António França e Vítor Ferreira falam sobre o culto judaico em Ovar. Este encontro tem final agendado para as 13 horas.



Autor
JA

Categoria
Local Belmonte

Palavras-Chave
Caria / Belmonte / judeus / judaica / marcas / Cerca / Robalo / Elisabete / comunidade / cruciformes

Entidades
Elisabete Robalo / Augusto Moutinho Borges / Carolino Tapadejo / Antonieta Garcia / Jorge Martins

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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