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2009-09-16

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Nuno Reis, candidato do CDS/PP à Câmara da Covilhã.
Há quatro anos, Nuno Reis, então com 21 anos, apresentou-se como candidato a um lugar de vereador na Câmara da Covilhã. Obteve pouco mais de 500 votos. Hoje, diz que a experiência foi positiva e assume que será candidato a presidente. Porque a democracia, diz, está doente

Notícias da Covilhã- Porque é que, quatro anos depois, se volta a recandidatar à Câmara da Covilhã?

Nuno Reis- Em primeiro, porque há quatro anos assumi um compromisso com os eleitores da Covilhã e com o partido, de que a candidatura de então seria o início de uma para agora. Na altura, tinha 21 e assumi-me como candidato a vereador para a juventude. Era esse o nosso intuito. Em segundo lugar, porque sinto que a democracia covilhanense está completamente asfixiada, em diversos sentidos. E em terceiro lugar porque existe o interesse, partidário e pessoal, de ver a cidade com desenvoltura equiparada a cidades mais desenvolvidas, o que não tem acontecido ultimamente.

Mas há quatro anos ficou muito aquém do objectivo delineado…

A Comunicação Social gosta muito de dizer que fiquei aquém. A verdade é que não nos podemos guiar apenas pelos resultados eleitorais. Na altura, metade da população não votou. Uma abstenção que considero gravíssima e preocupante. Acredito que os covilhanenses, há quatro anos, não estavam preparados para terem um candidato com apenas 21 anos. Fui o candidato mais novo a nível nacional. E dissemos claramente que não era um candidato à autarquia. Dissemos o que mais ninguém reconheceu naquele momento: que o presidente que estava na Câmara naquele momento seria o reeleito. Realmente não vencemos as eleições, mas colocámos um deputado na Assembleia Municipal, embora não conseguíssemos eleger o vereador. Tendo em conta as circunstâncias daquela época, tivemos um excelente resultado. Aprendemos muito, o que nos permitiu construir um novo projecto para agora.

Disse que na altura foi para a luta assumindo que Carlos Pinto seria reeleito. Agora, pensa o mesmo?

Não. O candidato Carlos Pinto, digo assim, porque o PSD ainda não demonstrou claramente o seu apoio, não tem um cartaz com a sigla PSD. Se calhar ele não gosta que se diga que é candidato do PSD porque não o beneficia em termos eleitorais. Também penso que neste momento nenhum candidato de outro partido assume claramente que o actual autarca será reeleito. Se o fizer, comete um erro. Se ele tivesse a noção clara que era reeleito não teria gasto um montante superior a 25 mil euros em cartazes pela cidade toda, mesmo antes das legislativas. E isto revela que a candidatura dele precisa de um esforço muito maior para voltar a ganhar com maioria absoluta. Para além disso, os covilhanenses estão fartos da asfixia democrática que sofrem e de ver um presidente de Câmara que só se ri em tempo de eleições. E que só aparece no último mês para fazer inaugurações.

Mas não há obras, é isso?

Existem obras de fazer vista. Não estruturantes. Existe uma ponte que é um atentado urbanístico, rotundas que só substituem semáforos, ou seja, um constante gasto do erário público.
Olhe o problema que foi a mudança de empresa nos transportes urbanos. Apareceu uma empresa que só mudou de figura. As que propunham mudanças positivas, por exemplo, em termos ambientais, com aquilo que defendemos, os mini-bus, foram afastadas. Esta empresa só mudou a cor dos autocarros, com carros altamente poluentes. Houve ainda uma altura em que a população queria apanhar o autocarro e não sabia onde, pois os abrigos foram retirados. Por isso não engana a população com inaugurações, pois criou-lhe imenso transtornos.

Que outras falhas ponta?

O planeamento urbanístico. E nisto, a confusão que foi a construção da casa do senhor presidente. Ao CDS não importa saber se foi construída em terrenos agrícolas ou não, mas é preocupante como é que uma autarquia aprova para a zona onde o presidente da Câmara constrói a casa uma zona de alta densidade de construção. Numa zona onde está o aeródromo, que de ano para ano perde passageiros a aterrar na cidade. Não nos importa se é uma guerra entre PS e PSD, se há ilegalidade. Por tudo isto, Carlos Pinto não tem a mesma credibilidade de há quatro anos atrás. E o resultado não será o mesmo.

Os vossos objectivos continuam a ser os mesmos, a vereação?

É uma candidatura à Câmara da Covilhã. Encabeço uma lista a presidente da Câmara da Covilhã. Se o eleitorado covilhanense entender que o CDS deve apenas ocupar o lugar da vereação, tudo bem, será desempenhado ou por mim ou por quem o CDS entenda.
(Entrevista completa na edição papel)



Autor
João Alves

Categoria
Secções Centrais

Palavras-Chave
Covilhã / Câmara / candidato / Reis / presidente / Nuno / PSD / CDS / Carlos / Pinto

Entidades
Nuno Reis / Nuno Reis- / Fui / Carlos Pinto / Encabeço

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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