Câmara encolhe orçamento

2010-10-21

Versão em áudio disponível!

00:00 00:00

Este ano é de 89 milhões. menos 12 que no ano passado.

Para o próximo ano a Câmara Municipal da Covilhã apresentou um orçamento de 89 milhões de euros, menos 12 milhões que no ano anterior.

Segundo Luís Barreiros, vereador com o pelouro das Finanças, trata-se de um documento adaptado "às dificuldades que se avizinham, com uma grande contenção e redução da despesa". Para o socialista Vítor Pereira o orçamento apresentado "continua inflacionado". "Pude já verificar que na receita continua a figurar a venda de património, que nunca chega a ser vendido", explica o vereador do PS, que no entanto saúda "o realismo" face à situação que se vive.

As receitas de capital, informa Luís Barreiros, sofrerão uma redução de 16 milhões de euros. As receitas correntes vão diminuir e o vereador acrescenta que também se registará um corte de 201 mil euros nas despesas correntes.

De acordo com o orçamento apresentado as receitas de capital, tal como as despesas de capital, são de 63 milhões de euros. Prevêem-se receitas correntes de 26 milhões de euros e despesas correntes de 25 milhões de euros.

Sem se alongar sobre o assunto, que será debatido e submetido a votação na próxima Assembleia Municipal, Luís Barreiros sublinhou que, considerando as dificuldades que se avizinham, "dá-se fundamentalmente continuidade a projectos que vêm de trás, incluindo também algumas obras consideradas fundamentais", sublinhou, sem dar exemplo concretos.

Carlos Pinto, presidente do município, lamentou os cortes anunciados pelo Governo nas transferências para as autarquias, que se traduzirão em "menos obras, menos apoios e menos actividade municipal". "O prejuízo essencial é sobretudo no lançamento de novas obras", avisa.

Sobre diminuição de 17 por cento em relação ao ano passado no orçamento apresentado, Carlos Pinto atribui a baixa no investimento previsto não só apenas aos cortes governamentais como também às quantias em atraso por receber de organismos da administração central, que segundo o autarca somam cerca de quatro milhões de euros.