Emídio quer que Flávio fique

2010-04-21

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Presidente da direcção dos bombeiros pede ao comandante que se mantenha no cargo.

Emídio Martins, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, vai tentar demover o comandante da corporação, José Flávio, de passar de imediato para o quadro de honra, o que implicaria ter de se escolher outra pessoa para o seu lugar.

O presidente da corporação diz que se trata de um cargo desgastante. Mas adianta que ambos estavam convencidos de que José Flávio apenas poderia estar à frente dos Bombeiros da Covilhã mais um ano, até atingir os 65 anos, quando pode continuar por mais dois, já que só quando completar os 66 tem de abandonar, percebeu entretanto.

Com um novo dado em mãos, Emídio Martins adianta que quando José Flávio, ausente no estrangeiro, regressar à Covilhã e puderem conversar sobre o assunto, tentará que fique mais algum tempo em funções. "Irei transmitir-lhe que tem a confiança da direcção. Se decidir ficar mais dois anos, é da maneira que saímos os dois ao mesmo tempo, já que esta direcção termina o mandato nessa altura", frisa o presidente dos bombeiros covilhanenses.

José Flávio entregou uma carta onde solicita a passagem ao quadro de honra até 31 de Maio. Na última quinta-feira a direcção reuniu, para analisar o assunto, e decidiu não tomar qualquer decisão até Emídio Martins conversar com o comandante. "Irei dizer-lhe que tem toda a confiança da direcção". Mas percebe se o comandante mantiver a intenção de abandonar o posto. "Isto é realmente desgastante, sobretudo para pessoas que sentem a responsabilidade, que vivem os problemas que aqui se passam diariamente".

Questionado se José Flávio vai fazer falta, Emídio Martins responde: "Toda a gente reconhece a competência técnica do comandante, não só aqui como mesmo a nível nacional". Embora note que a corporação tem 135 anos e inevitavelmente as pessoas vão entrando e saindo da instituição.

Caso a decisão de José Flávio, no comando dos Bombeiros da Covilhã desde 1993, seja definitiva, a direcção terá de escolher um novo responsável, que será posteriormente homologado pela Autoridade Nacional da Protecção Civil.