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Estabilidade adiada no Covilhã

2010-07-14

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Assembleia geral dos "leões da Serra" deu em nada.

As quatro horas da Assembleia Geral do Sporting da Covilhã, que teve lugar no Teatro Cine na passada sexta-feira, 9, serviram para aprovar o Plano para 2010 e pouco mais.

O ponto número 2 da ordem de trabalhos, acrescentado por António Lopes, presidente da Assembleia Geral, que seria para votar a destituição dos órgãos sociais, foi retirado a pedido de um sócio, que alegou que o mesmo iria contra os estatutos do Sporting da Covilhã.

Daí para a frente assistiu-se à argumentação entre a direcção, o vice-presidente da Assembleia e o presidente da Assembleia, com intervenções de alguns dos cerca de 200 sócios, pelo meio, a tentar apaziguar as partes. Destacam-se as intervenções de Carlos Silva e Jorge Torrão. Ambos os sócios discursaram na tentativa de evitar um clima de instabilidade no seio do clube e de chegar a uma reconciliação. Carlos Silva pediu mesmo para que os órgãos se aguentassem firmes até às próximas eleições, que têm que ter lugar até 31 de Março de 2011.

José António Pinho, vice-presidente da Assembleia Geral, depois de ter falado como sócio e ter pedido a continuação de António Lopes à frente da Assembleia, tomou uma posição crítica quanto à convocação, por parte de António Lopes, de uma nova Assembleia para se votar a destituição dos órgãos sociais. "A aprovação das contas por unanimidade é sinal de que os sócios estão com a direcção", realçou.

"Sou um homem de princípios e de objectivos, portanto, eu quero um esclarecimento cabal dos sócios. Irei avançar com a demissão e irei embora quando tiver a minha missão completada", afirmou António Lopes no final da Assembleia. Segundo o responsável serrano, a próxima Assembleia do clube será realizada quando tiver na sua posse a lista completa dos sócios, que terá de ser fornecida pela direcção do clube, e quando o presidente do Concelho Fiscal, Carlos Costa, "apresentar os números rigorosos, porque os que aqui foram apresentados não foram os números reais". "Houve aqui, por parte da direcção do clube, um desejo de esconder a realidade objectiva do ponto de vista financeiro. Os números que o presidente da direcção reclama não tem nada que ver com a realidade do clube. Deve-se apresentar o que é que esta direcção abateu ao passivo efectivo do clube", pede.

"Neste momento considero-me aliviado das minhas responsabilidades, pois já coloquei os problemas aos sócios. Eu irei embora no dia em que estiver de acordo com a minha consciência e com os interesses do clube".

Na próxima Assembleia António Lopes deverá insistir na destituição dos órgãos sociais, e no caso de um vazio directivo está disponível a recandidatar-se à presidência da mesa da Assembleia, apoiando Jorge Gaiolas para a presidência do clube.

Sede ainda dá que falar
Depois de vários problemas com a antiga sede, os quais levaram ao despejo do clube por ordem do tribunal, os serranos inauguraram uma nova sede social, no Centro Comercial Sporting.

A direcção do Covilhã diz que há "um compromisso, não assumido, até esta data, para liquidação das obras, por si [António Lopes] mandadas fazer". O presidente da Assembleia, por sua vez, sublinha que ofereceu 300 mil euros "para apoio ao clube". "O presidente da direcção sabe o meu número para fazer e pagar as obras, mas não sabe o meu número para eu dar o meu contributo para a resolução dos problemas, para não andarmos na situação que andámos no ano passado. A obra não está paga e eu não a vou pagar", garante.



Autor
João Filipe Pereira

Categoria
Secções Desporto

Palavras-Chave
Assembleia / António / Covilhã / clube / Lopes / Sporting / direcção / presidente / Serra / sócios

Entidades
Serra / António Lopes / Carlos Silva / Jorge Torrão / José António Pinho

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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