Câmara quer gerir o Castelo

2010-04-28

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Autarquia qure salas do Castelo como museus.

A assinatura, na passada segunda-feira, 26, de um protocolo de geminação com o município de Santarém foi o ponto alto das festas do concelho, em Belmonte, este ano. Uma cerimónia na qual esteve presente o secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle e alguns representantes da embaixada do Brasil.

Mas, para além disso, o autarca, Amândio Melo, pediu a conclusão do troço do Regadio da Cova da Beira para os 150 hectares do seu concelho, a gestão do Castelo, para musealizar as salas existentes, e o Centro Interpretativo de Centum Cellas. "Não pedimos muito. Fizemos equipamentos para o País e estrangeiro" afirma o autarca sobre a rede temática de museus. Sobre o Regadio, um representante da Direcção de Agricultura do Centro deixou a garantia de que, se sobrar algum dinheiro dos 75 milhões de euros aprovados para o bloco da Capinha, Fatela e Covilhã, o troço de Belmonte será concluído. Já Elísio Summavielle, elogiou a estratégia cultural do município, uma "âncora de desenvolvimento."

Quanto ao protocolo de geminação com Santarém, tal como o NC adiantara na última edição, o executivo da Câmara de Santarém aprovou no passado dia 12 esse documento. Uma intenção da autarquia belmontense que já existia desde 2005. "É um motivo de satisfação esta geminação pois temos que melhorar a relação de dois municípios que têm em comum Pedro Álvares Cabral" afirma Amândio Melo, que não esquece que em 2000 os dois concelhos tiveram alguns problemas com o facto das comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil terem sido centrados em Santarém, esquecendo praticamente Belmonte. "Podem sempre acontecer alguns diferendos, entre os municípios, mas é bem melhor estarmos unidos e juntos. Beneficia os dois" assegura, dizendo que o que é bom para Santarém "também será bom para Belmonte. Esperamos fazer um bom percurso nas relações em termos comerciais e turísticos" afirma. Ricardo Gonçalves, vereador do executivo de Santarém, diz que esta geminação já deveria ter surgido há mais tempo.

Apesar de não se terem inaugurado obras, este ano, nas festas, Amândio Melo assegura que se poderia ter estreado o Julgado de Paz, que está quase pronto, mas diz que não ter nenhum acto inaugural não o preocupa. "Fazemos o que temos a fazer em cada momento" assegura. Nestas festas do concelho, para além de alguns concertos, como o de Romana, no Pavilhão Multiusos e não no Gimnodesportivo, por ter jogos de futsal no fim-de-semana, houve algumas iniciativas de âmbito cultural e desportivo. Mais uma vez, este ano, a autarquia distinguiu também os melhores alunos da escola Pedro Álvares Cabral. No sexto ano, o melhor foi Ricardo Dias, que recebeu 250 euros. No 12º ano, Rui Amaro, aluno que estuda já medicina nos Açores, arrecadou 400 euros. Do 9º ano, dois alunos, Patrícia Pinto e Tiago Carvalho, ganharam o direito a irem ao Brasil, numa viagem que se irá realizar apenas para o ano, já com os premiados do ano que vem.