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Cavaco vê Covilhã no rumo do futuro

2010-10-21

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Nesta edição especial de seis páginas sobre o Dia da Cidade.

"Alguns inquéritos mostraram que a Covilhã é das cidades portuguesas com melhor qualidade de vida. No fundo, mostraram o acerto das opções tomadas, revelando que esta cidade se encontra no rumo de futuro". Foi esta a mensagem deixada na passada quarta-feira, 20, Dia da Cidade, pelo Presidente da República, Cavaco Silva, nas comemorações dos 140 anos de elevação da Covilhã a cidade, nas quais participou tendo recebido do presidente da Câmara, Carlos Pinto, as chaves e medalha de ouro da cidade.
Num breve discurso de quatro páginas, o chefe de Estado lembrou a história da cidade, desde a sua toponímia, à relação com a neve e a lã, e recordou que se há 140 anos D.Luís I elevou a Covilhã a cidade isso se deveu ao facto de na altura ter reconhecido "o mérito onde ele existe". Fazendo um paralelismo com a actualidade, Cavaco Silva disse que "não faltam méritos a esta cidade", desde a UBI, que faz da Covilhã "uma cidade de futuro e conhecimento", às potencialidades naturais e humanas que "estão a ser aproveitadas" e aos caminhos da inovação e criatividade cujos caminhos "a região soube trilhar". O Presidente da República lembrou a sua passagem pela Beira Interior, em Fevereiro, em que disse ter tido oportunidade de ver uma unidade industrial (Grupo Paulo de Oliveira) que "soube adaptar-se aos desafios da contemporaneidade", exportando mais de 80 por cento da sua produção têxtil, visto o Parkurbis que "testemunha a capacidade empreendedora aí instalada" ou um hotel termal (H2otel de Unhais da Serra) que "corresponde aos padrões do novo turismo". Por tudo isto, diz o chefe de Estado, "a autarquia soube ler os sinais da mudança que se impõem", projectando a nova imagem de cidade "5 estrelas", uma "urbe centenária como um espaço ideal para o investimento".
Cavaco Silva elogiou a aposta na qualidade de vida das populações, dizendo que hoje a Covilhã é "uma cidade onde vale a pena viver", que está longe dos tempos de isolamento, que é moderna e na qual "há razões para ter esperança. Esta é uma cidade que não teme o amanhã" afirma. "A Covilhã é a prova inequívoca de que se tivermos visão de futuro e arte de tomar as decisões certas, é possível conciliar um passado ilustre e um futuro promissor".

Carlos Pinto contra centralismo de Lisboa

Num discurso bem mais extenso, o presidente da Câmara, Carlos Pinto, lembrou o passado da cidade, a pujança da "Manchester Portuguesa", a altura em que foi elevada a cidade num quadro nacional que não era famoso e em que o País "caminhava para a falência". Na altura, D.Luís I "encontrou na Covilhã um exemplo de desenvolvimento pretendido para o País".
O autarca recordou também o trabalho feito nos últimos 20 anos, em que a Covilhã "mudou a face do seu desenvolvimento urbano, económico e social", com muitas transformações, sobretudo em termos físicos, com a criação de infra-estruturas "capazes de acolher e aproveitar as oportunidades de crescimento que o futuro lhes ofereça". Obras como o eixo TCT, a UBI, o Parkurbis, o novo hospital ou a Faculdade de Medicina (que o NC recorda nas páginas seguintes) não foram esquecidas, tendo sido lembrado o papel de Cavaco Silva, enquanto chefe de Governo, na tomada de algumas das decisões que desenvolveram a região e a cidade. No entanto, Carlos Pinto manifestou preocupação pelo futuro do País, "ligado a incógnitas e interrogações", ao qual "não é separável o futuro da Covilhã". Num tom crítico, Carlos Pinto voltou a criticar o centralismo. "Estamos submetidos a uma excessiva dependência do Centro, que é Lisboa, conduzindo a periferia, que somos nós, à mesma posição de sempre: laterais na tomada de decisões, apesar de destinatários dessas decisões". O autarca também criticou a aplicação de fundos comunitários em Portugal, que é feita com "laxismo", com recursos que nem sequer são aplicados devido a "excessiva burocracia", com a Região Centro a ter uma taxa de execução de apenas 15 por cento.
Elogiando o trabalho de Cavaco Silva nas actuais funções, Carlos Pinto não deixou de exprimir a sua "satisfação" por estar anunciada a sua recandidatura ao cargo, pois "Portugal precisa da continuidade do seu trabalho." Após a sessão solene, o Presidente da República deslocou-se à Praça do Município onde descerrou a estátua de D.Luís I, uma obra do escultor Francisco Simões, também autor do monumento a Pêro da Covilhã ou da Estátua à Mãe.

(Especial de seis páginas nesta edição sobre o Dia da Cidade, exposição colectiva da Tinturaria, homenagem aos lanifícios e principais mudanças da Covilhã que fez 140 anos de vida)



Autor
João Alves

Categoria
Secções Centrais

Palavras-Chave
Covilhã / Cidade / Cavaco / Carlos / futuro / Pinto / Silva / Presidente / República / País

Entidades
Cavaco Silva / Carlos Pinto / D.Luís I / Parkurbis / Francisco Simões

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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