Presidente da Câmara responde ao sindicato que acusa a autarquia de estar "muda".
O presidente da Câmara de Belmonte, Amândio Melo, reagiu na passada quarta-feira, 15, às declarações do presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, Luís Garra, que acusou a autarquia belmontense de estar "muda e calada" perante o grave problema económico que se regista na empresa de confecções Carveste, em Caria, onde na passada semana as empregadas pararam durante meio-dia devido a salários em atraso. Amândio Melo diz não reconhecer em Luís Garra "autoridade moral" para fazer esse tipo de comentário, pois este é, para ele, um assunto que "não é para ser tratado na praça pública. Fazemos as coisas de forma diferente com quem deve ser" afirma o autarca.
No passado dia 13 as cerca de 200 trabalhadoras da empresa fizeram meio-dia de greve devido à falta de pagamento de salários. Retomariam a laboração de tarde após a administração da empresa ter apresentado um novo plano de pagamento. Inicialmente a administração tinha-se comprometido a pagar o salário do mês de Agosto até à próxima sexta-feira, 24, mas depois da paralisação a entidade patronal comprometeu-se a pagar o salário de Agosto até à última segunda-feira, 20. Por outro lado as dívidas da Carveste relativas a uma parte dos subsídios de férias de 2009 e 2010 vão ser pagas até 15 de Dezembro, próximo.
Desde há alguns anos a esta parte que as confecções Carveste estão em dificuldade económica e a administração da empresa chegou mesmo a apresentar no Ministério da Economia um plano de viabilização da empresa. Uma proposta que no entanto não chegou a ser apoiada pelo fundo imobiliário do IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, lamenta Luís Garra. "Sabemos que o governo tem condições para auxiliar a viabilização desta empresa. É fundamental que a própria Câmara de Belmonte, que tem estado muda e queda, tome uma posição e que os deputados assumam as suas responsabilidades", sublinhava o sindicalista.
Acusações que Amândio Melo refuta. "Estamos preocupados e queremos que a empresa se mantenha a laborar. Mas não tratamos as coisas desta forma. São postos de trabalho que se devem manter" afirma. O autarca diz já ter conversado com os responsáveis da empresa, mas "há situações que nem nós podemos ultrapassar. Há um esforço da empresa em manter os postos de trabalho" afiança o autarca, que diz estar a evidenciar esforços para "sensibilizar as entidades responsáveis" para que se "encontrem soluções".
(Artigo completo na edição papel)
Autor
João Alves
Palavras-Chave
Presidente / empresa / Garra / sindicato / Melo / Luís / Amândio / autarquia / passada / Carveste
Entidades
Amândio Melo / Luís Garra / Sindicato Têxtil da Beira Baixa / Carveste / Presidente da Câmara
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