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Trabalhadoras da Carveste suspendem contratos

2010-03-10

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Atraso nos pagamentos.

Trinta trabalhadoras das confecções Carveste, em Caria, suspenderam na passada semana os contratos por atraso no pagamento de salários e até que seja aprovado um projecto apresentado pela empresa ao Governo, disse fonte sindical à Agência Lusa.

A administração informou o Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB) que apresentou "um projecto de recuperação junto do Ministério da Economia", explica Luís Garra, presidente do STBB. "Enquanto a decisão não chega, disseram ter dificuldade em manter os mesmos encargos salariais, porque é esse projecto que inclui entrada de capital fresco" para satisfazer compromissos, acrescenta. As dificuldades de tesouraria estão à vista, com o mês de Janeiro a ser pago em três prestações.

Mas a entrada de capital é também necessária porque os clientes estão a colocar como condição às empresas de confecções, como a Carveste, que sejam elas a adquirir as matérias-primas para os produtos encomendados. "Isso implica um fundo de maneio, o que implica entrada de capital. Sem fundo de maneio não conseguem aceitar todas as encomendas, nem avançar para uma colecção própria", acrescenta o sindicalista.

Face ao cenário, 30 trabalhadoras aliaram duas condições: libertaram a empresa das obrigações salariais e decidiram suspender os contratos, preferindo receber o subsídio de desemprego, livre de incertezas quanto à data de pagamento, ao contrário do que tem acontecido na Carveste. "Face a não receberem atempadamente e haver situações graves de sobrevivência, 30 trabalhadoras optaram por suspender os contratos a partir desta semana", passando a receber 65 por cento do vencimento, num valor nunca inferior a 419 euros (valor do Indexante dos Apoios Sociais). "É uma situação que não nos satisfaz, porque não resolve os problemas da empresa. É estar a adiar os problemas", lamenta Luís Garra.

Para o sindicalista, "o Ministério da Economia tem que decidir o que quer da Carveste e não pode haver um compasso de espera tão grande desde a apresentação do projecto até à aprovação". Luís Garra recorda que ainda antes do final do ano a empresa foi visitada por responsáveis daquele ministério.

Na Carveste continuam a trabalhar 200 pessoas. Luís Garra defende os apoios à empresa, "mas devidamente controlados. E deve verificar-se se são mesmo utilizados para os fins a que se destinam".



Autor
Notícias da Covilhã

Categoria
Local Belmonte

Palavras-Chave
Atraso / Carveste / Caria / Governo / Lusa / Trinta / Agência / Garra / projecto / STBB

Entidades
Luís Garra / Carveste / Agência Lusa / Sindicato Têxtil da Beira Baixa / Caria

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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