Extensões de saúde mantêm-se

2010-11-10

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Garantia deixada por Manuel Geraldes.
Nenhuma extensão de saúde vai encerrar, garante o director do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira (ACSCB), Manuel Geraldes. A solução passa por reduzir o tempo das consultas e criar consultas de enfermagem no próximo ano.

"Sabemos que as pessoas das extensões de saúde são idosos, com doenças crónicas, que de vez em quando agudizam. Convém acompanhar as pessoas com doenças crónicas, como a hipertensão e outras e o pessoal de enfermagem está preparado para fazer a monitorização, a vigilância a estes doentes", frisa Manuel Geraldes.

"A vigilância das doenças crónicas pode ser feita pelo pessoal de enfermagem, em tudo o resto terá de ser o médico a intervir", explica o director do Agrupamento de Centros de Saúde.

Face à falta de clínicos na Cova da Beira, a possibilidade de encerrar algumas extensões de saúde foi posta em cima da mesa, mas Manuel Geraldes salienta que "após uma reflexão", foi tomada a decisão de não encerrar qualquer serviço. Até porque o director do ACE Cova da Beira acredita que caso as extensões fossem encerradas, "elas nunca mais iriam abrir".

"Esperamos que o problema dos médicos fique resolvido daqui a três, quatro ou cinco anos. Estamos a fazer um esforço no sentido de manter abertas as extensões para que não encerrem definitivamente", acentua Manuel Geraldes. A unidade de Zebras, no Fundão, acabou por não fechar "já no âmbito desta decisão", esclarece.

Os períodos de consulta serão reduzidos com base no rácio de utentes por médico e na taxa de utilização das consultas.

O recurso a consultas de enfermagem é, enfatiza o director do ACE, "um conceito inovador". Por um lado as necessidades dos utentes podem ser atenuadas por profissionais preparados para prestar alguns dos serviços, por outro a medida "rentabiliza e dignifica o trabalho do pessoal de enfermagem", considera Manuel Gerandes.

A alteração entra em vigor em 2011. "Até lá estamos a estudar este projecto, para quando avançarmos este esteja devidamente sustentado", informa o director do ACECB.