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Pedidos de reforma podem fechar extensões de saúde

2010-03-10

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Na Cova da Beira.

A falta de médicos poderá, em breve, fechar algumas extensões de saúde na Cova da Beira. Esta hipótese foi na passada semana admitida à RCB pelo director do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira (ACER Cova da Beira), Manuel Geraldes, que diz que este agrupamento, ultimamente, tem perdido alguns médicos e que está na eminência de, em breve, perder mais dez, que pediram a aposentação.

Um problema que, contudo, não será regional, mas sim de âmbito nacional. E que tem como principal causa o Orçamento de Estado para 2010, que prevê alterações e um agravamento dos cortes nas pensões a quem se reformar antes do tempo. Ou seja, haverá médicos que querem iniciar o processo antes de a regra entrar em vigor. Na última semana de Fevereiro, a nível nacional, quase 300 médicos do Serviço Nacional de Saúde terão pedido a reforma antecipada na Caixa Geral de Aposentações, a grande maioria, cerca de 80 por cento, médicos de família. O que fará com que cerca de 300 mil pessoas corram o risco de deixar de ter médico de família. Nessa semana, houve quase tantos pedidos de reforma como em todo o ano de 2009, em que 401 médicos se reformaram. Em toda a Função Pública, que na passada quinta-feira fez uma greve de elevada alusão devido a estas medidas do Governo, só em Fevereiro terão entrado na Caixa Geral de Aposentações 20 mil pedidos de reforma.

Ora, na Cova da Beira o fenómeno também se tem verificado e a saúde é um dos sectores em que esta corrida às reformas se pode reflectir. Manuel Geraldes admite que nem só médicos pediram a reforma, havendo também cerca de 15 pessoas, auxiliares ou de apoio médico, que terão também pedido reforma este mês. Daí que o director da ACER diga que será precisa uma remodelação na estrutura, um reforço das unidades domiciliárias e a maior colaboração com juntas e câmaras para minimizar os efeitos. Quem vai sofrer os efeitos mais imediatos serão as extensões de saúde. "Vislumbra-se um cenário de encerramento" afirma o médico à mesma rádio, admitindo que será feita uma análise "caso a caso", que terá que se dialogar com as autarquias e assegurando que em todo este processo as populações não serão apanhadas de surpresa. "Teremos que minimizar os efeitos" afirma.




Autor
Notícias da Covilhã

Categoria
Local Região

Palavras-Chave
Cova / Beira / saúde / médicos / reforma / fechar / médico / Agrupamento / nacional / Pedidos

Entidades
Manuel Geraldes / Serviço Nacional de Saúde / Caixa Geral de Aposentações / ACER / Cova da Beira

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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