Cortes na saúde não afectarão qualidade do hospital

2010-12-01

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A qualidade do serviço prestado pelo Hospital Pêro da Covilhã não será afectada pelos cortes que o Governo levará a cabo no sector da saúde.
"Cumpriremos o que a tutela determina, mas nunca poremos em causa a qualidade do serviço que prestamos". É esta a garantia deixada pelo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), João Casteleiro, numa época de crise em que os planos de austeridade decretados pelo Governo também chegam, necessariamente, ao sector da saúde.

"Todos os anos temos vindo a reduzir custos, mas sempre sem reduzir a qualidade. Aliás, aquilo que valemos não é dito por nós, mas por entidades externas" afirma João Casteleiro, que recorda a acreditação internacional que a unidade recebeu há mais de um ano. Nas segundas jornadas da qualidade, realizadas na passada quinta-feira, 25, voltaram a ouvir-se elogios ao CHCB, nomeadamente de Flora Moura, responsável da Entidade Reguladora da Saúde, que considerou esta unidade de saúde um "exemplo a seguir" por ter tido uma melhoria constante ao longo dos anos e ser sempre pioneiro na implementação de programas lançados pelo Ministério da Saúde.

João Casteleiro reforça a ideia de que quando se corta faz-se isso em sectores que não sejam fundamentais, como na frota automóvel ou serviço de limpeza, porque a qualidade do serviço é intocável. "Há já cinco anos que temos vindo a baixar custos, mas sempre com grande rigor. Reduzimos o défice dos 13 milhões para um milhão este ano, com uma boa gestão dos recursos. É que não se deve cortar nunca na qualidade dos serviços prestados" assegura. Por isso, classifica de pouco esclarecidas algumas vozes que se têm levantado ultimamente contra a gestão do CHCB. "Não se deve dar voz a quem não tem conhecimento das coisas" afirma. Quanto instado a dizer quem critica, Casteleiro apenas diz que "falo das pessoas que falam sem saber". O presidente do conselho de administração nega que o hospital esteja a perder médicos e até garante que o número tem crescido. "E até ao fim do ano mais 20 novos médicos vão entrar" assegura.

As segundas jornadas da qualidade reuniram cerca de 150 profissionais de saúde que abordaram, entre outros temas, a relação humana, os custos da qualidade ou não qualidade ou a racionalização de custos.