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Feira de São Tiago a meio gás

2010-07-14

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Edição 2010 arrancou no sábado.

A noite esteve como a Feira de São Tiago, simplesmente amena. Sem um cartaz musical com grandes nomes, os comerciantes dizem-se pouco tentados a vir até à Covilhã. No dia oficial de abertura, no sábado, 10, o parque onde costumam estar as diversões estava praticamente vazio. A restauração a menos de meio gás, as barracas dos feirantes ainda não estão todas a funcionar. As farturas são o que mais atrai.

Os comerciantes nem se puderam queixar de falta de visitantes. No sábado foram muitas centenas de pessoas que se dirigiram até ao recinto do Complexo Desportivo. "Mas não compram", diz-se entre os vendedores.

Às 22 horas ainda eram poucos os que se faziam passear pela Feira. "Há poucas pessoas, há poucas coisas para ver… a vida está cara", diz o covilhanense Pedro Borges. Explicações são simples: "É o primeiro dia. Se calhar há muita gente que não sabe que isto já abriu". "Nas próximas semanas, com os emigrantes, isto melhora", confia.

José Manuel tem o seu negócio na parte das diversões fez três euros, durante o primeiro dia de Feira. "Houve pouca publicidade e o programa este ano não é muito atractivo. Parece que gastaram tudo com a selecção", lamenta. Este ano o número de diversões diminuiu, "ainda são capaz de vir mais duas ou três". "Mas serão menos que o ano passado", afirma.

A Feira de São Tiago era muito concorrida no passado. Nos últimos anos tem perdido importância. "Foi nos últimos quatro anos que começou a piorar… esta era uma Feira muito boa. Ainda me lembro quando se realizou ao pé dos Bombeiros ou na ANIL", recorda.

Muitos são aqueles que vêem "arrastados" pelos filhos. Margarida tem 3 anos, mas já sabe que quer "andar no cavalo". Gosta das luzes. A música projectada com muitos decibéis não a incomoda. Olha à sua volta, procura com o olhar o movimento das pessoas e dos carrosséis. Margarida não se interessa pelo número reduzido de diversões ou se o cartaz musical não tem nomes do panorama nacional.

Os dois carrosséis giram… devagar! E param. Entre a saída de uns e a entrada de outros, aos microfones ouve-se a inconfundível voz a anunciar mais uma volta. "Mais uma ficha mais uma voltinha. Lembrem-se também que fizemos 360 quilómetros para estarmos na Covilhã e teremos outros tantos pela frente quando nos formos embora", argumento que não parece resultar.

Margarida já está na fila, a olhar para os meninos que sorridentes que já se encontram na plataforma.

Deixamos a Margarida e subimos as escadas em direcção às farturas. O cenário aqui é diferente. Já não se vêem tantos pais acompanhados pelos filhos. Sentados às mesas, a comerem as farturas e a conversarem em amena cavaqueira, os visitantes parecem não querer saber que em cima do palco, este ano colocado ao pé das barracas das farturas, actua Tom Hamilton.

Nas Farturas Mário a abertura da Feira está a correr de feição. Porém, prognósticos só no fim, diz o Sr. José. "O ano passado foi razoável, mas precisávamos de um programa como o de há dois anos".

O NC tentou entrar em contacto com Luís Barreiros, vereador da Câmara Municipal com o pelouro das Feiras, mas até ao fecho da edição não foi possível saber em que dias é que os ranchos folclóricos actuam. Ou se os stands de venda e os lugares para a restauração ainda irão ficar ocupados.



Autor
João Filipe Pereira

Categoria
Secções Cultura

Palavras-Chave
Feira / farturas / Tiago / sábado / Margarida / diversões / pessoas / arrancou / simplesmente / gás

Entidades
Pedro Borges / José Manuel / Margarida / Tom Hamilton / Sr. José

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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