Há ecos de que algumas equipas querem estagiar cá.
Acabou o frenesim. Durante três semanas, a cidade assistiu a uma autêntica loucura devido à presença da selecção de todos nós. Custos, não estão contabilizados, mas devem ser alguns. Ganhos, só a longo prazo se poderá avaliar a repercussão que esta estadia teve na Cidade Neve. Mas que, em termos mediáticos, a Covilhã ficou a ganhar, disso não há dúvidas. Nunca se assistiram, na televisão, a tantos directos seguidos a partir da cidade. Nunca houve tanta reportagem televisiva desde cá. Nunca os jornais nacionais falaram tanto desta terra como agora, em especial, os desportivos.
É claro que houve quem tivesse aproveitado esta "onda". Houve comerciantes que, como nós relatámos nas páginas do NC, souberam tirar proveito deste mediatismo e deram asas aos seus negócios. Outros, nem tanto. Só se podem culpar a eles próprios por não terem tido iniciativa. Há quem, agora, faça um balanço positivo. Há quem diga o contrário. Será sempre assim. Nem Jesus agradou a todos (não estou a falar do treinador do Benfica, que se calhar também nem toda a gente gosta).
Porém, segundo sei, há sectores que ficarão a ganhar. A hotelaria, por exemplo. A publicidade passada por ter as "estrelas" nos seus quartos é a melhor que se pode ter. Tenho já ecos de que algumas equipas importantes do futebol nacional estarão neste momento a pensar na Covilhã para realizarem estágios de pré-temporada já este Verão.
Quanto aos adeptos, e à vertente desportiva, também Portugal se foi adaptando à cidade. Depois de uma primeira semana a "meio-gás", com vários treinos abertos, após alguns assobios num domingo soalheiro devido a um treino curto e à impossibilidade de se assistir ao mesmo, Carlos Queiroz foi fazendo algumas alterações ao programa inicial com o intuito de proteger os seus jogadores. Treinar a sério, foi à porta fechada. Quando esta se abriu, por exemplo no domingo, tentou-se com acções mais lúdicas que competitivas aproximar os adeptos da equipa. Conseguiu-o, senhor professor. Que tem feito um esforço para isso, sabendo de antemão que não tem o "carisma" que o brasileiro Scolari tinha. A selecção sai da Covilhã com o povo do seu lado. E a partir de dia 15, esperamos que tudo corra pelo melhor e que o onze das Quinas possa chegar longe no Mundial. Força "Viriatos".
Autor
João Alves
Categoria
Opinião
Palavras-Chave
Acabou / Covilhã / cidade / frenesim / houve / estagiar / ganhar / equipas / ecos / devido
Entidades
Jesus / Carlos Queiroz / Scolari / Força "Viriatos / NC
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