Comerciantes do centro comercial do Sporting descontentes.
Os lojistas do centro Comercial Sporting, na Covilhã, estão descontentes, dizem estar a ser prejudicados e não compreendem porque é que o silo do edifício, explorado pela Parc C, está encerrado desde o início do ano.
A explorar o espaço há sete anos, a Parc C denunciou o contrato em Novembro, que vigorou até Fevereiro, mas no último dia de Dezembro encerrou o parque de estacionamento e dispensou os três funcionários. Depois de terminada a concessão, a Parc C prolongou o vínculo por mais três meses com o Sporting da Covilhã, arrendatário do silo, embora permaneça encerrado.
Indignados por terem sido surpreendidos, sem qualquer aviso, pelo encerramento do parque de estacionamento, os lojistas queixam-se do transtorno que tal situação lhes provoca, sobretudo quando precisam fazer cargas e descargas. Queixam-se de terem de ir estacionar no parque do Pelourinho e de tal situação afastar clientes.
Maria Laura, atrás do balcão da lavandaria, faz referência às reclamações dos clientes, para quem deixou de ser prático ir ali pôr a roupa. "Tenho clientes que só tinham de subir pelo elevador e deixavam aqui as coisas. Agora, terem de vir desde lá de cima carregados, com lençóis e tudo, eles queixam-se. Isto é mau para o negócio", frisa.
Na agência de viagens do centro comercial o encerramento do silo também provocou transtornos. Segundo Luís Lopes, não apenas aos clientes como também aos funcionários. "Nós temos rent-a-car e só tínhamos de entregar a chave e descer no elevador até ao carro, agora é necessário sair, ir com as pessoas até ao outro silo, lá acima", lamenta. "Antes os clientes estavam a dois minutos da agência, a situação actual não é a mesma coisa e sentimo-nos lesados", realça.
"Eu quando comprei este espaço não foi com estas condições", sublinha Rafael Santos, proprietário de uma loja de material eléctrico, que agora tem dificuldade em transportar. Uma dificuldade acrescida pela deficiência que tem na perna. Para além dos constrangimentos com as descargas, garante estar a ser prejudicado nas vendas. "A gente é que ouve os clientes", acentua.
"Não nos passam cartão"
Para este comerciante, a Parc C encerrou o silo no último dia de Dezembro "para reduzir os postos de trabalho" e acredita que o mantém fechado, apesar de a empresa ter pago mais três meses para prolongar o contrato, para evitar a concorrência.
No local, tornam-se visíveis os sinais de o espaço já estar fechado há três meses, com lixo espalhado pelo chão. À entrada uma placa afixada na grade que impede a entrada indica que o parque de estacionamento está "em remodelação", embora não exista qualquer movimentação no interior ou indícios de trabalhos em curso. "Isso é só para tapar os olhos ao povo, a remodelação é uma mentira, porque aquilo não precisa de obras", salienta o comerciante.
Rafael Santos aponta o dedo à administração da Parc C. "Eles fazem e desfazem e não nos passam cartão", acusa. Mas mostra-se também desiludido com o Sporting da Covilhã, proprietário do edifício. "O clube recebeu o dele, mas devia ter feito exigências. Eles também têm de zelar pelo centro da cidade", considera o empresário.
(Artigo completo na edição papel)
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Parc / Sporting / clientes / Covilhã / descontentes / Silo / parque / centro / comercial / estacionamento
Entidades
Maria Laura / Luís Lopes / Rafael Santos / Sporting / Comercial Sporting
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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