Na Linha da Beira Baixa, em vez do Intercidades.

A Assembleia Municipal aprovou na passada sexta-feira, 14, por unanimidade, uma moção de contestação às medidas que a CP e Refer estão a levar a cabo na Linha da Beira Baixa. Uma moção que acabou por ser conjunta, após algumas alterações, já que tanto PSD como PS tinham moções para o efeito.
Jorge Saraiva, deputado do PSD, diz que numa altura em que a Covilhã comemora 141 anos, lembra que a Linha da Beira Baixa foi, na sua época, um "factor de desenvolvimento" que mudou a cidade e região, e que agora, a troca de comboios por "automotoras do século passado", no serviço Intercidades, é uma "surpresa", uma decisão "de vistas curtas" e "intolerável", que não serve as populações. Numa altura em que se implementam portagens na A23, esta decisão "contribui para o isolamento".
Já Rosália Rodrigues, do PS, não compreende que se reduza a qualidade de oferta de serviço, quando esta é uma das alternativas às portagens na A23. "É um ataque à região". No entanto, Bernardino Gata, do PSD, lembra que os administradores da CP são "os mesmos" de há meses atrás pelo que discorda que a decisão possa ser vinculada a este Governo.
Pela CDU, Vítor Reis Silva apelou a que não se conteste apenas as mudanças na ligação Intercidades, mas também a reabertura do troço Guarda/Covilhã que possa servir a região, onde se tem "desinvestido" na ferrovia.
Quanto ao autarca Carlos Pinto mostrou-se contra a ideia de transformar o troço Guarda/ Covilhã como via para fins turísticos, como defendeu há bem pouco tempo o autarca belmontense Amândio Melo. "Sou completamente contra. O troço não é para ver o mato a crescer" afirma. "A minha posição, nessa matéria, não flutua" assegura.

Autor
João Alves

Categoria
Local › Covilhã

Palavras-Chave
Assembleia / Beira / Linha / Baixa / PSD / Intercidades / Municipal / Refer / Covilhã / moção

Entidades
Jorge Saraiva / Rosália Rodrigues / Bernardino Gata / Vítor Reis Silva / Carlos Pinto

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