Portagens confirmadas

2011-09-07

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Na A23 e A25.

A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24 saiu na passada quarta-feira, 31 de Agosto, da audiência com a Comissão Parlamentar de Economia descontente com a "confirmação" do pagamento da utilização naquelas vias pelos deputados do PSD e CDS-PP. A audição surgiu depois da comissão ter entregue em Março na Assembleia da República uma petição que reuniu 35 mil 702 assinaturas contra a introdução de portagens nestas auto-estradas (SCUT).
No final da reunião, o porta-voz da Comissão de Utentes, Francisco Almeida, disse à Lusa que "viu muito mal" as declarações dos deputados do PSD e CDS-PP, bem como a posição "vacilante" do PS. "Isto vem confirmar o que já sabíamos, as posições favoráveis do PSD e do CDS-PP na introdução de portagens na A25, A23 e A24", diz Francisco Almeida.
Também o utente Luís Martins, que também participou na audiência, considera que "os deputados não ouviram nada" do que foi apresentado pelos utentes. "Os deputados não estão preocupados com o País, mas em cumprir o que foi acordado com a Troika", afirma o utente, apelando a que "as finanças públicas sejam pagas por todas e não às custas do Interior, onde não há criação nem de emprego, nem de riqueza".
Durante a Comissão, Francisco Almeida, sublinhou a inexistência de alternativa, os índices dos preços, a "disparidade dos rendimentos das zonas abrangidas" perante o Litoral do País, a "incoerência" da diferença de preços ao usar aquelas auto-estradas ou as estradas nacionais e a influência que a introdução de portagens pode ter nos empresários da Cova da Beira para justificar a oposição ao pagamento da utilização da A25, A23 e A24. Por sua vez, Luís Martins salienta que "ir e vir a Lisboa vai passar a custar mais de 40 euros quando agora custa cerca de seis" e considera que "se há que pagar as auto-estradas por causa da crise então que paguem todos, mas que pague também Lisboa pela utilização da 2.ª Circular e do IC19". "Não somos coitadinhos, queremos é justiça, que se olhem aos rendimentos per capita. Se temos de pagar, então que paguem todos", afirma.