São esperados uma centena na oitava feira que se realiza em Agosto.
Já está no terreno a oitava Feira Medieval do Artesão, que se realiza em Belmonte entre 12 e 15 de Agosto. Serão quatro dias de regresso aos tempos medievais, este ano, com um número recorde de inscritos no que toca a artesãos, tasquinhas e restaurantes. "A feira continua a crescer e, se calhar, até teremos que eliminar alguns artesãos" explica Vítor Teixeira, administrador da Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social de Belmonte, que realiza a iniciativa.
Segundo este responsável, o objectivo é que a Feira seja cada vez mais "um evento de dimensão regional. O sucesso das edições anteriores faz com que seja um cartaz de promoção da própria Região Centro" afirma ao NC, enaltecendo as condições naturais e patrimoniais "ímpares" de Belmonte, que fazem com que a feira se desenrole sempre com espaços históricos ao seu redor. Pela primeira vez, conta, "estão inscritos mais de 100 artesãos", entre barracas de artesanato, tasquinhas, comes e bebes, e restauração. Este ano, Vítor Teixeira promete mais animação de rua e o próprio espaço do evento irá crescer, com barracas a irem mesmo em redor do castelo da vila, na rua junto ao cemitério antigo.
"Não podemos perder o rigor que temos tido. Queremos tornar o ambiente ainda mais medieval, sobretudo nas roupas. No futuro, poderemos até inovar no que toca à moeda que circula na feira" explica Vítor Teixeira, que diz que este ano, a crise não permitiu "que fôssemos já para esta vertente", como acontece, por exemplo, em Santa Maria da Feira, em que quem entra no recinto tem que cambiar euros pela moeda antiga em vigência na feira. "Mas será uma aposta no futuro" garante. Os espectáculos estarão de novo a cargo das Produções Bartilotti e envolverão à volta de uma centena de figurantes. Este ano, a própria comunidade local está a ser desafiada a participar numa peça de teatro, que se realiza domingo, 14, e que conta "A odisseia de Pedro Álvares Cabral". "Nestes dias existem, em todo o País, cerca de quatro feiras do mesmo género. Não é fácil arranjar realizadores, embora nesta altura a concorrência até já seja menor, pois há cerca de quatro anos havia cerca de 250 feiras deste género no País. As que não têm qualidade acabam por ficar pelo caminho" conta Vítor Teixeira, que lembra que no ano passado passaram, por estes dias, 30 mil pessoas por Belmonte. "Há pessoas que marcam presença desde a primeira edição. Há gente de todo o País, de Espanha e até de Marrocos" afirma.
Uma das mudanças, este ano, é o trabalho de logística da feira, desde a montagem das barracas, à segurança e limpeza do recinto, que ficará a cargo de uma empresa privada: a Zénite Belmonte Eventos. "Ficarão com a logística, porque a verdade é que a Câmara tem cada vez menos funcionários" afirma Vítor Teixeira. O orçamento para o certame é idêntico ao do ano passado, 60 mil euros, e entre algumas novidades a possibilidade de alguns artesãos ocuparem as 17 tendas medievais que serão postas ao seu dispor.
Quanto ao programa, o desfile de abertura ocorre sexta-feira, 12, pelas 18 horas, e depois haverá duelos e combates de espada, exposições de aves de rapina, música, acrobacias, saltimbancos, enfim, todo um rol de animação. No sábado, 13, à noite, há um torneio real a cavalo e no domingo, 14, às 22 horas, a tal peça sobre o descobridor do Brasil. Dia 15, segunda-feira, mais uma novidade, com um espectáculo de guitarra portuguesa à noite.
Autor
João Alves
Palavras-Chave
Feira / Agosto / Belmonte / Vítor / artesãos / Teixeira / realiza / Medieval / País / feiras
Entidades
Vítor Teixeira / Produções Bartilotti / Pedro Álvares Cabral / NC / Agosto Já
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