Teatro-Cine já tem acordo

2011-05-25

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Câmara e proprietário acertam negócio.
Depois de, na última Assembleia Municipal, dia 13, o presidente da Câmara da Covilhã ter remetido para daqui a cerca de dois meses novidades sobre o negócio de compra do Teatro-Cine da Covilhã, a verdade é que na passada sexta-feira, 19, em reunião pública do executivo camarário, o autarca anunciou que já existe um acordo entre a Câmara e os proprietários do edifício com vista à sua aquisição. Com o contrato de compra e venda a ser assinado já no próximo dia 1 de Junho.
Recorde-se que há duas semanas atrás, Carlos Pinto explicou aos deputados que numa primeira fase os proprietários tinham pedido cinco milhões de euros pelo edifício, que depois se chegou ao acordo para a compra na ordem dos dois milhões de euros, mas que depois as negociações caíram num impasse, sobretudo porque as entidades bancárias argumentaram não haver crédito para um leasing que a autarquia queria fazer. A proposta foi entretanto reformulada, com a Câmara a sugerir um pagamento por fases. Ou seja, um pagamento na ordem dos 100 mil euros por ano, pelo aluguer, em 13 anos, mas com a Câmara, findo esse prazo, a ficar dona do imóvel. Numa primeira fase os proprietários não aceitaram, mas na passada semana chegou-se a bom porto, segundo Carlos Pinto. "Os proprietários perceberam melhor o que estava em jogo. Dia 1 de Junho assinamos o contrato de compra e venda e a gestão passa já para a Câmara. Nesse mesmo dia irá ser apresentado o estudo prévio para remodelação da sala" afirma o autarca, que acrescenta que se trata de um "bom acordo" em que a autarquia nem sequer terá que recorrer à banca. "É um melhor acordo do que tínhamos inicialmente. Podemos pagar durante algum tempo e sem juros" afirma o autarca. Ou seja, dois milhões de euros, em fases, mais 100 mil euros. "Penso que os proprietários também fizeram um bom negócio porque sabem que se trata de uma sala de difícil manutenção" afirma o autarca, que promete obras logo que haja recursos financeiros para tal. "Teremos uma sala à dimensão do concelho" assegura Carlos Pinto.
Vítor Pereira, vereador socialista na Câmara, regozija-se pelo concluir das negociações e diz que apesar do acréscimo de 100 mil euros "é um bom negócio para a Câmara. É vantajoso e ficamos com um equipamento que não tínhamos. Aliás, na região, a Covilhã era uma das únicas cidades que não tinha um espaço destes".