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Aprovada proposta para alienar terrenos junto ao Mercado Municipal

2013-03-20

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A autarquia pretende que algum privado queira construir o edifício que a Câmara depois arrendará para ceder à Teleperformance.
A Câmara Municipal da Covilhã vai abrir uma consulta ao mercado para saber se há interessados na construção do edifício a ceder à Teleperformance, junto ao Mercado Municipal, em troca da alienação do terreno e com o compromisso do posterior aluguer por parte da autarquia.
Segundo o presidente, Carlos Pinto, face à incapacidade do município em fazer neste momento o investimento, e por existir um acordo assinado com a empresa, em que se comprometeu a disponibilizar um espaço, para que esta aumente o número de postos de trabalho, esta é a solução possível, embora se diga aberto a alternativas viáveis.
Na última reunião camarária, realizada sexta-feira, 15, em Orjais, foi decidida a alienação do espaço onde estava localizada a antiga Loja do Zé André. A decisão sobre o vencedor, caso existam interessados, será tomada mediante a análise de três vectores: o valor oferecido pelo terreno, com um custo mínimo de 250 mil euros; o valor estipulado para a renda e o número de anos a que o município fica vinculado.
O assunto não foi pacífico e o PS chegou a pedir que o ponto fosse retirado e votado mais tarde, depois de todos se sentarem à mesa e o debaterem. João Esgalhado, eleito pelo PSD, lembrou já terem sido gastos na aquisição e demolição dos imóveis cerca de 500 mil euros e, perante a perspectiva do posterior arrendamento do espaço, para o ceder à Teleperformance, questionou quanto o município está disposto a pagar por cada posto de trabalho criado no concelho. "Quanto é que estamos a dar por cada emprego que estamos a criar? Qual é o limite?", questionou.
PS queria mais tempo para estudar assunto
Vítor Pereira frisou não estar a querer mostrar uma posição de força, realçou apenas querer ter mais elementos e tempo para se pensar em outros modelos possíveis, já que a proposta em votação "tem geometria variável a mais", embora tenha elogiado a criatividade. "Eu não vou retirar a proposta, porque vocês não têm alternativa para o espaço que ali está", reforçou Carlos Pinto.
Para o presidente esta solução "é excelente", ao permitir "testar o mercado". "A Câmara vai fazer um arrendamento para um edifício que não pode construir por ela", acentua Carlos Pinto, fazendo referência à necessidade de honrar o acordo com a empresa, sob pena de esta ir para outro lado onde até já existem espaços prontos onde pode ser acolhida. Pedro Farromba, vice-presidente da autarquia, referiu as dificuldades em captar investimento e na necessidade de dar condições à Teleperformance para que aumente o número de postos de trabalho.
O impasse acabou por ser desfeito por Pedro Silva, o outro vereador eleito pelo PSD, ao dizer que votaria favoravelmente se tivesse a garantia que, independentemente do número de propostas, a palavra final fosse "do órgão". "Esta proposta não vincula a câmara a nada", respondeu Carlos Pinto. Mas Pedro Silva censurou ainda estar-se a fazer um investimento sem retorno assegurado, por não haver um compromisso por parte da empresa de quantos anos vai ficar instalada na Covilhã.



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local Covilhã

Palavras-Chave
Municipal / Teleperformance / junto / Pinto / Carlos / Mercado / Câmara / espaço / proposta / ceder

Entidades
Carlos Pinto / João Esgalhado / Vítor Pereira / Pedro Farromba / Pedro Silva

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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