Covilhã ganha em Leixões

2011-02-08

Versão em áudio disponível!

00:00 00:00

Serranos vencem por 1-0 e saem da zona de descida.

Segundo jogo para a Liga Orangina frente ao ex-colega do Porto, Augusto Inácio, e segunda vitória para João Pinto. O ex-lateral direito impôs esta temporada duas derrotas ao ex-lateral esquerdo dos "dragões", somando assim seis pontos que quase fazem os serranos desejarem que todos os encontros fossem frente ao Leixões…
No passado domingo, uma derrota no Estádio do Mar deixaria os "leões" em muitos maus lençóis, apenas com o Fátima atrás de si. Porém, um Covilhã muito personalizado, com a equipa recheada de reforços conseguiu uma importante e até inesperada vitória (os leixonenses estão a lutar pela subida e em casa são muito difíceis de defrontar) que fez mesmo com que os serranos saíssem da zona de descida, onde mora agora o Santa Clara.
Depois de seis jogos sem vencer, João Pinto não foi de modas e em Matosinhos foi realista. Montou uma equipa compacta, em termos defensivos, e que tinha por missão explorar o contra-ataque para tentar fazer um golo. Com Serginho na baliza, as laterais foram entregues a Ivo Pinto e Jason (estreia do australiano), com a zona central da defesa a contar com três homens: os habituais Wagnão e Abdoulaye, e Lupede (estreia do central que veio da Naval). No meio campo Flávio e Vasco Varão eram os homens mais recuados, com Amessan e Fofana nas alas e Rincón mais adiantado na frente de ataque. Uma estratégia que resultou em pleno. O Leixões tentou assumir o controlo da partida, mas sem consequências perigosas para o último reduto serrano. O jogo desenrolava-se sobretudo a meio-campo, com os serranos a espreitarem a contra-ofensiva, como fizeram aos 29 minutos, altura em Rincón obrigou Fonseca a defesa apertada. E aos 41 minutos, bem perto do intervalo, o Covilhã marcou o golo que lhe daria três preciosos pontos. Jason, pela esquerda, arranca um cruzamento que chega aos pés de Amessan, no lado contrário, que remata para o fundo das redes. Reagiu de imediato o Leixões e já nos descontos da primeira parte Paulo Tavares consegue um remate que, de forma espectacular, Serginho consegue travar.

Boa organização trava ímpeto leixonense

Na segunda parte, como lhe competia, o Leixões foi atrás do resultado. Foi mais pressionante, encostou mais o Covilhã ao seu último reduto, mas contudo sem criar grandes situações de golo. Aos 58 minutos, porém, Fábio Espinho, de livre, levou a bola a passar a escassos centímetros da baliza de Serginho. O Covilhã, contudo, fruto da sua boa organização, não passava por demasiados problemas e à medida que o tempo passava, a equipa local perdia o discernimento, o que poderia ter mesmo levado o Covilhã a dilatar a vantagem. Aos 70 minutos, Rincón, em boa posição, não conseguiu aproveitar e aos 77, Bruno Severino, de livre, obrigou Fonseca a mais uma boa intervenção. Augusto Inácio apostou tudo, meteu mais gente na frente e até final só conseguiu por duas vezes assustar o último reduto serrano. Numa delas o reforço leixonense Precheski isolou-se mas não conseguiu ultrapassar Serginho. Pouco depois foi a vez de Félix rematar à figura do guarda-redes serrano.
Com esta vitória, o Covilhã deixa a zona de descida e no domingo, em casa, caso vença o Estoril (que só tem mais dois pontos), pode dar um pulo até ao meio da tabela classificativa.
No final, o técnico leixonense, Augusto Inácio, reconheceu que a sua equipa não conseguiu " desmontar a estratégia do Covilhã". Já o treinador adjunto dos serranos, Alexandre Ribeiro, reconheceu que o Covilhã não podia ir a Matosinhos "de peito aberto" e disse que "a estratégia funcionou plenamente", classificando estes três pontos de "muito importantes". Ribeiro reconhece que com os reforços de Inverno o plantel "está mais equilibrado" e dedicou a vitória a Zezinho, "que tem uma lesão grave". (ver caixa).