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Buzinões e marchas lentas até 8 de Abril

2011-03-22

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Boa adesão na Covilhã na passada sexta-feira.
A Comissão de Utentes Contra as Portagens nas auto-estradas A25, A24 e A23, vai realizar, até dia 8 de Abril, diversos buzinões e marchas lentas na região e admitiu endurecer os protestos, caso o Governo mantenha a decisão das tarifas.
Segundo o porta-voz da comissão, Francisco Almeida, até dia 8 serão realizadas várias acções de protesto nas regiões abrangidas por aquelas auto-estradas que ligam Aveiro/Vilar Formoso (A25), Guarda/Castelo Branco/Torres Novas (A23) e Viseu/Vila Real (A24). Em conferência de imprensa realizada na passada quarta-feira, 16, na área de serviço da A23, na Guarda, anunciou que serão realizados buzinões em Castelo Branco (hoje, quinta-feira, 24) e em Viseu (amanhã, sexta-feira, 25) para além dos que já se realizaram na sexta-feira, 18, na Covilhã (ver caixa) e na segunda-feira, 21, no Fundão. As duas últimas iniciativas irão coincidir com a entrega de assinaturas nos Governos Civis.
Francisco Almeida refere que as acções visam "mobilizar as populações para a acção de luta convergente", que incluirá marchas lentas nas três auto-estradas, no dia 8 de Abril. Na tarde daquele dia, a partir das 17 horas e 30, partirão caravanas automóveis de protesto de Vila Real, Viseu, Guarda e Castelo Branco.
No encontro com os jornalistas também foi anunciado que a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A17, A25 e A29, na região de Aveiro, irá juntar-se à acção agendada para 8 de Abril. Francisco Almeida deixou claro que, caso o Governo mantenha a intenção de aplicar portagens nestas vias a partir de 15 de Abril, os protestos poderão subir de tom. "As iniciativas que tenham cobertura na legitimidade democrática e legal", podem acontecer, como marchas lentas e buzinões, explica. Quanto a formas de luta mais "duras", Francisco Almeida admite que "é possível que possam acontecer se o Governo continuar com a sua [determinação] de introduzir portagens". "É possível que possamos chegar a coisas desse tipo", considera o responsável, quando questionado sobre a possibilidade de ocorrerem acções radicais, como cortes de estradas, observando que o calendário de iniciativas apresentado "é a prova de que a luta está a subir de tom".
Francisco Almeida também deu a conhecer que a comissão já reuniu 32 mil 486 assinaturas na petição contra as portagens nas A25, A24 e A23, sendo que "551 correspondem a subscrições de entidades colectivas, empresas, Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais e associações diversas". Na passada terça-feira, 22, estava prevista a entrega da petição na Assembleia da República, tendo já sido pedida uma reunião ao seu Presidente.
O porta-voz da comissão diz esperar que toda a "pressão" que vai ser feita "possa fazer recuar o Governo nesta sua intenção de taxar auto-estradas que não têm qualquer alternativa". Deixou também claro que, se ocorrer a introdução de portagens no dia 15 de Abril, a luta da comissão "continuará posteriormente".
Boa adesão na Covilhã
O buzinão promovido na passada sexta-feira, 18, na Covilhã, junto à Rotunda do Operário, na zona nova da cidade, teve uma grande adesão dos residentes que, de forma ruidosa, contestaram a intenção do Governo. O protesto, que durou cerca de uma hora, começou mesmo antes dos elementos da Comissão de Utentes contra as portagens na A23, A24 e A25 afixarem uns cartazes em que apelavam a "uma buzinadela contra a política do Governo".
Marco Gabriel, porta-voz da Comissão, diz que este foi "um aquecimento para a marcha lenta do dia 8 de Abril". E lembra que na região não há alternativas às auto-estradas. Para além disso também recorda que a continuidade das SCUT "foi uma promessa eleitoral" do actual Governo, por isso, "os beirões não perdoam essa troca de ideias". "O PS traiu o seu eleitorado", denuncia Marco Gabriel, recordando que as regiões servidas pelas auto-estradas A23, A25 e A24, "têm um poder de compra abaixo da média nacional". Diz ainda que as tarifas nas actuais SCUT irão "levar ao encerramento de empresas e ao despedimento" de trabalhadores. "Esta luta é justa e vai, certamente, ser bem conseguida" admite aquele responsável, que durante o buzinão distribuiu, acompanhado por outros elementos da comissão, panfletos aos condutores com as razões do protesto.
Já sobre a providência cautelar interposta pela Comurbeiras, Marco Gabriel aplaude a iniciativa mas avisa que, em caso de resposta negativa, a luta não poderá esmorecer. "Que isso não sirva para as pessoas baixarem os braços" avisa.
Quem aderiu ao protesto ruidoso, não poupou na buzina do automóvel no momento em que passava junto do local onde se concentravam elementos da Comissão de Utentes Contra as Portagens nas autoestradas A23, A24 e A25. "Quem anda todos os dias na estrada, como é o caso do meu marido, não tem capacidade para pagar as portagens", afirmava uma condutora. "Isto vais ser uma desgraça" afirmava outro, com alguns, mais radicais, a apelarem para que ninguém passasse nas auto-estradas caso o Governo siga com a sua intenção.



Autor
João Alves

Categoria
Secções Centrais

Palavras-Chave
Comissão / Governo / Abril / Portagens / Covilhã / Almeida / Francisco / Branco / auto-estradas / Viseu

Entidades
Francisco Almeida / Marco Gabriel / Governos Civis / Comissão de Utentes Contra as Portagens / 8 de Abril

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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