Portagens na A23 e A25.
O movimento Empresários pela Subsistência do Interior reclamou na passada semana que os pórticos já instalados na A23, A24 e A25 sirvam apenas para cobrar portagem aos transportes de mercadorias estrangeiros.
Segundo o porta-voz, Luís Veiga, o movimento defende que as SCUT "são vias estruturantes das empresas do Interior: são o eixo Norte - Sul, que não pode ser portajado", dada a falta de alternativas e os baixos índices sócio-económicos das regiões atravessadas. Luís Veiga entende que "em vez do princípio do utilizador-pagador deve ser aplicado o conceito de poluidor-pagador", pelo que, "a haver utilização dos pórticos, apenas os transportes de mercadorias pagariam portagem".
No caso dos transportadores portugueses, também pagariam, "mas depois teriam um benefício fiscal, via IRC", ou seja, "todos pagariam no início, mas depois haveria compensação para os transportadores nacionais".
Segundo Luís Veiga, a proposta "não é mais nem menos do que aquilo que [os transportadores] já exigiram ao governo que caiu e que certamente vão ter que negociar com o novo".
O princípio do poluidor-pagador para os pórticos já instalados nas SCUT faz parte das 20 propostas que o movimento quer incluir numa declaração de compromisso a assinar no início de Julho com os deputados eleitos por Castelo Branco e Guarda. É uma das medidas que os empresários querem que rapidamente passe de uma reivindicação a lei.
Luís Veiga destaca que a cobrança de portagens no Norte do País "prejudicou a economia: há operadores turísticos espanhóis com quedas de 50 por cento e quebras de 25 a 30 por cento nalgum retalho". Os autarcas que contestaram a medida "tinham toda a razão", sublinha, acrescentando que "um estrangeiro ainda hoje não sabe como pagar portagens".
De acordo com Luís Veiga, o núcleo duro do movimento engloba cerca de 50 empresários dos distritos de Castelo Branco e Guarda e respectivas associações de empresas, defendendo os interesses de cerca de oito mil firmas.
O movimento Empresários pela Subsistência do Interior foi anunciado no dia 1 de Fevereiro com o objectivo de convencer o Governo a abandonar a introdução de portagens nas autoestradas SCUT.
Entretanto, e no seguimento de reuniões com responsáveis políticos, passou a abranger todas as temáticas da vida empresarial no interior.
A cobrança de portagens na A23 (Torres Novas - Guarda), A25 (Aveiro - Vilar Formoso) e A24 (Lamego - Chaves) deveria ter sido iniciada em Abril mas foi adiada pelo Governo socialista devido à realização de eleições.
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Notícias da Covilhã
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Palavras-Chave
Veiga / Luís / Empresários / Interior / movimento / Portagens / SCUT / Guarda / pórticos / governo
Entidades
Luís Veiga / Abril / Portagens / A23 / A25
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