Covilhã bate Caldas por 4-0.
Em jogo de Taça, o Caldas veio à Covilhã jogar de peito aberto, sem nada a perder, jogar o jogo pelo jogo de olhos nos olhos de um Covilhã que tardou em mostrar que era a equipa favorita.
Ainda assim, e apesar do equilíbrio predominante na primeira parte, pertenceram aos serranos as melhores oportunidades de golo.
O primeiro lance de perigo surgiu aos 10, minutos após uma incursão de Zezinho pela direita, que arranca um cruzamento para a entrada da área onde surge Dominic a cabecear ligeiramente por cima da baliza do veterano guarda-redes Marco Silva.
A formação de Tulipa ainda tentou acelerar o jogo a partir do quarto-de-hora. Mas a subida no terreno causou um par de calafrios à defesa serrana. Primeiro, aos 19 minutos, Fábio Sabino esteve perto do golo na sequência de um contra-ataque rápido e de um chapéu a Igor que falhou o alvo por escassos centímetros. Depois, aos 23, o mesmo Sabino foge pela esquerda e arranca um cruzamento que vai encontrar João Pinto ao segundo poste a cabecear para defesa de Igor.
A turma local aprendeu a lição e passou a fechar melhor os caminhos para a sua baliza, enquanto tentava continuar a pressionar a área adversária. E, mesmo sem deslumbrar, esteve várias vezes perto do golo: Aníbal, aos 24, isolado frente a Marco Silva, não consegue dominar e permite a defesa do guardião de 42 anos; Zezinho, a cruzamento de André Sousa, aos 29, cabeceia ao lado do poste e, dois minutos depois voltou a falhar o alvo por menos de um palmo com um potente remate de fora da área a culminar uma boa jogada individual.
Ao intervalo, e mesmo sem ter feito um grande jogo, os serranos já justificavam, pelo menos, um golo.
Melhor na segunda parte
Para a segunda parte, Tulipa tenta mudar alguma coisa e lança o avançado Pedro Ribeiro para o lugar do médio Filipe Fernandes. E as coisas não podiam começar melhor. No primeiro lance dentro da área do Caldas, Tiago Santos toca a bola com a mão, vê o segundo amarelo e deixa a sua equipa a jogar com 10 unidades. Gabi, chamado a converter a grande penalidade não desperdiçou e colocou os leões em vantagem.
Em vantagem numérica e no marcador, o Covilhã passou a jogar de forma mais tranquila e passou a controlar completamente as operações. Aos 52 minutos, é Marco Silva quem impede que os serranos aumentem a contagem, ao defender dois remates consecutivos, primeiro de Joel, de pé esquerdo, e, na recarga, o cabeceamento de Pedro Ribeiro.
Wang Gang, aos 55, e Zezinho, aos 57, também estiveram perto do golo, mas os lances acabariam por se perder nas mãos do guarda-redes visitante.
O segundo golo acabaria por aparecer, no entanto, já com o Covilhã também reduzido a 10, devido a expulsão de André Sousa com segundo amarelo. Aos 63, Joel arranca pela esquerda, passa pelo extremo e pelo lateral direito do Caldas e depois cruza para a área à procura de Dominic. A bola iria morrer nas mãos de Marco Silva, mas João Pinto mete o pé à bola e acaba por desviá-la para o fundo da própria baliza.
Os serranos continuaram a pressionar e, aos 84, Marco Silva faz uma defesa quase impossível a um cabeceamento de Pedro Ribeiro que levava selo de golo. Do outro lado, Igor, apenas por uma vez teve que se aplicar. Foi aos 85 minutos, a remate de Hugo Sabino que o guardião serrano desviou para canto.
Já em período de descontos, o Covilhã acabaria por marcar mais dois, aproveitando uma descompressão inexplicável do Caldas. Primeiro por Ricardo Rocha, na sequência de um livre da direita batido por Joel e, depois, por Dominic, que arrancou em velocidade pela esquerda e, já dentro da área, remata cruzado fora do alcance de Marco Silva.
Vitória justa do Covilhã, mas demasiado pesada para o Caldas que teve sempre uma postura digna dentro de campo.
Arbitragem de Jorge Sousa pecou pelo excesso de zelo. Demasiados cartões amarelos (e duas expulsões) num jogo que se pautou pela lealdade entre os jogadores. Ainda assim, critério sempre uniforme.
Autor
Alexandre Salgueiro
Palavras-Chave
Taça / Covilhã / Marco / Silva / Caldas / golo / jogo / olhos / minutos / Sabino
Entidades
Zezinho / Dominic / Marco Silva / Tulipa / Fábio Sabino
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