Auxílio médico a idosos isolados à distância de um botão

2011-12-28

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O programa de teleassistência vai funcionar durante um ano com cem idosos do concelho.

"É para nós um grande bem, sabermos que temos alguém, do outro lado da linha". Em forma de poema, Maria Albertina Amélia, 72 anos, residente em São Jorge da Beira, agradeceu e sublinhou a importância que tem para si, sozinha e doente, ser contemplada com um dos aparelhos de teleassistência distribuídos pela Câmara da Covilhã, em parceria com a Fundação Portugal Telecom.

O projecto vai começar a funcionar durante um ano com cem idosos do concelho e os 12 primeiros equipamentos foram distribuídos simbolicamente na manhã da passada quinta-feira, 22, numa cerimónia na Câmara da Covilhã, que suportará metade dos encargos. Após o período experimental a autarquia tenciona alargar o programa de assistência médica telefónica a mais gente.

Maria Albertina, diabética e com dificuldades de locomoção, como tantos outros dos idosos seleccionados, recebeu a caixa com um telefone de teclas de dimensão maior que o habitual e com uma campainha que basta premir em caso de aflição para a emergência ser sinalizada, falar com alguém ao telefone e poder ser socorrida.

"Muito melhor se carrega num botão do que se marca um número de telefone", diz a septuagenária insulino-dependente, que já necessitou de auxílio em algumas ocasiões e calcula que o dispositivo lhe dará uma maior tranquilidade.

Agarrada às duas muletas e acabada de regressar de um dia de exames em Coimbra, onde lhe comunicaram que vai ser operada, Lurdes Freitas, 82 anos, de Aldeia de São Francisco, verbaliza também a gratidão por receber a embalagem com o aparelho que não sabe ainda em pormenor como vai funcionar. "É uma ideia boa, sou capaz de me sentir mais acompanhada", antevê.

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