Cenário pode constatar-se na principal rua da vila.

É a crise, dizem muitos belmontenses. É a falta de gente, dizem outros. É um bocadinho de tudo, pensam outros. Seja lá o que for, a verdade é que, em Belmonte, uma vila sobretudo de serviços e de turismo, após anos a viver à base das confecções, há cada vez mais lojas fechadas, espaços que se alugam e ao longo da principal rua da vila, a Pedro Álvares Cabral, é possível perspectivar mais de uma dezena de lojas em trespasse comercial.
As razões nem todas são as mesmas. Uns, é devido ao facto dos lojistas estarem a atingir a idade de reforma e não terem sucessores. Mas outros há que apontam a falta de volume de negócios para se desfazerem das suas lojas. Desde a pequena mercearia, à loja de brindes, a uma drogaria, café ou loja de bazar. Há um pouco de tudo. Não é bem assim, diz o autarca local, Amândio Melo, que lembra que, por exemplo, na restauração "há casos de sucesso e de locais que têm muita procura". E que até houve lojas nova que abriram, em detrimento de outras que fecharam.
Já em outros sectores, o autarca acredita que é a consequência dos tempos que se vivem. "Estamos em época de crise. E não se gasta o que se gastava antes. Espero que seja só uma fase" deseja o autarca.
O presidente da Câmara de Belmonte lembra que apesar da vila ser muito frequentada por turistas, estes costumam vir em grupos, em roteiros já perfeitamente definidos, pelo que permanecem pouco tempo pelas ruas da vila, impedindo assim à dinamização do comércio local. E recorda também que este pode ser um sinal da desertificação do território. "A retirada de serviços públicos no meio rural também acaba por levar pessoas" critica.

Autor
João Alves

Categoria
Local › Belmonte

Palavras-Chave
vila / Cenário / lojas / autarca / belmontenses / rua / principal / comerciais / aumentam / constatar-se

Entidades
Pedro Álvares Cabral / Amândio Melo / Cenário / Belmonte / Câmara de Belmonte

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