Na Guarda autarquia abdica da iluminação.
Natal, festa do amor, da família, de Jesus, da união, de luz. De luz, mas não em todo o lado, este ano. É que, devido à difícil situação que o País vive, a Câmara da Guarda, numa política "de contenção" não vai, este ano, iluminar as principais artérias da cidade, nomeadamente o Centro Histórico, onde está a maioria do comércio tradicional. Assim, diz a autarquia, quem quiser ter umas luzinhas, nomeadamente no que toca ao comércio, terá que o fazer por conta própria.
Uma opção que a maioria dos comerciantes da Praça Velha diz entender, mas que, afirmam, irá prejudicar o negócio. Aníbal Pinto, proprietário de uma sapataria, em declarações ao JN, lamenta "bastante" a falta das luzes natalícias. "Embora nos anos anteriores já tenha sido uma coisa pequena, agora, se efectivamente não se coloca nada, acho muito mau, principalmente para o comércio tradicional", crítica, considerando que "é sempre um chamariz para os clientes" e que, nesse período, até há mais afluência às lojas do centro da cidade. "O que vai acontecer é que as pessoas vão optar pelo centro comercial, onde há decoração e mais elementos alusivos ao Natal", receia Aníbal Pinto. Também António Gonçalves, dono de uma loja de roupa e de uma ourivesaria na Rua do Comércio, diz que sem iluminação de Natal a cidade "fica triste e o comércio vai ressentir-se", avisa. Mas há também quem entenda a opção, dizendo que é "preciso poupar" pois o País "está quase em falência". E quem diga que por ser Natal, com ou sem luzes, as pessoas fazem compras na mesma porque… é Natal.
Associação Comercial com receio
Quem também já abordou este tema foi o presidente da Associação Comercial da Guarda, Paulo Manuel, que teme que a falta de luzes faça o comércio tradicional perder ainda mais clientes para as grandes superfícies.
O líder associativo entende a medida da Câmara, mas lamenta que "sejam os comerciantes os mais prejudicados". Porém, diz que tudo será feito para que, pelo menos, haja animação de Natal para promover este comércio.
Entretanto, na passada segunda-feira, a Câmara, APGUR, Associação Comercial, Ensiguarda e NERGA apresentaram como alternativa um programa de animação natalícia.
Autor
NC
Palavras-Chave
Natal / comércio / Guarda / Jesus / comercial / luz / Câmara / luzes / Associação / cidade
Entidades
Jesus / Aníbal Pinto / António Gonçalves / Paulo Manuel / JN
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