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Natal mais poupadinho

2012-12-19

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Câmaras cortam na iluminação natalícia.

A luz que ilumina o Menino Jesus, este ano, está mais fraca em alguns concelhos do Interior. Devido à crise, foram vários os municípios que cortaram na iluminação de Natal, havendo quem tenha reduzido, autarquias que aplicaram lâmpadas mais económicas e outras que, pura e simplesmente, não iluminaram as suas ruas. Mas há também quem tenha optado por deixar tudo como em outros anos, porque Natal é Natal.
É o caso de Belmonte. Desde o passado dia 1 que a iluminação de Natal na vila está ligada, uma tradição de há vários anos, por parte da autarquia, que se mantém, apesar da crise. "Achamos que a iluminação é também uma motivação para as pessoas saírem à rua e frequentarem o comércio. Por outro lado, apesar da crise, não deixamos de ter em conta as tradições, que são o maior património que temos. Fazem parte da nossa vivência, passado e memórias. Serve também para dar mais visibilidade ao comércio local" justifica o autarca local, Amândio Melo. Há também algumas freguesias que colocam luzes, como é o caso da "ameaçada" freguesia do Colmeal da Torre, mas há outras que não. O apoio para quem o fez estava garantido por parte da Câmara. " Alguns presidentes de junta estão mais sensibilizados para isso que outros. O apoio é idêntico ao que a Câmara tem dado nos últimos anos" afirma Amândio Melo.
Já em Castelo Branco, há luzes sim, mas com lâmpadas economizadoras. O presidente da Câmara, Joaquim Morão, explica que o recurso a lâmpadas de baixo consumo é para poupar custos e reduzir o impacto ambiental. Foram instaladas cerca de 220 mil [lâmpadas] LED "em substituição das lâmpadas normais, o que se traduz numa poupança de energia bastante significativa". A iluminação percorre as principais artérias da cidade. O equipamento a utilizar é da própria autarquia e os motivos são produzidos pelos funcionários da Câmara.
Joaquim Morão explica que a cidade tem "uma iluminação digna, que dará vida à cidade". O presidente da Câmara sublinha ainda que a aposta "numa iluminação ecológica de baixos custos, não retira dimensão" aos festejos.
Fundão e Covilhã reduzem orçamentos
Já nas cidades da Covilhã e Fundão, os orçamentos baixaram bastante para a iluminação de Natal, que contudo ainda se mantém nas principais praças, sobretudo junto aos edifícios camarários.
No Fundão, já se chegou a gastar 70 mil euros com luzes de Natal, mas este ano o orçamento baixou para pouco mais de mil e 500. As árvores da Praça e a frontaria dos Paços do Concelho desde o início do mês que estão iluminados. Nas ruas, pouco mais há. O autarca, Paulo Fernandes, no entanto lembra que existem outras actividades para assinalar a quadra natalícia, como mais animação no centro histórico, acções de solidariedade e culturais, com muita prata da casa, já que os valores praticados no passado em iluminação são hoje incomportáveis.
Já na Covilhã, também há luzes, sobretudo no Pelourinho, onde uma imponente árvore de Natal bem iluminada não deixa ninguém indiferente. Mas também neste concelho o orçamento terá baixado, e muito. Uma feira de Natal, no Pelourinho, onde um carrossel faz a alegria das crianças, é uma outra forma da autarquia assinalar a data.
Guarda sem luzes, com decorações feitas pelas escolas
Na cidade da Guarda, até 7 de Janeiro, o Natal é assinalado, mas sem luzes. A autarquia cortou nesse campo e optou este ano por decorar as rotundas da cidade com adereços feitos por alunos, professores e pessoal não docente das escolas da Guarda. São mais de 20 espaços distintos que as escolas da Guarda arranjaram com motivos natalícios. "Numa colaboração entre o empenho e vontade das escolas – alunos, professores, encarregados de educação, pessoal não docente – e o apoio logístico da Câmara Municipal da Guarda é possível tornar a Guarda numa cidade cheia de espírito natalício" explica a autarquia. Há ainda um carrossel clássico instalado frente à Igreja da Misericórdia e a sonorização das principais ruas do Centro Urbano.
Em outros concelhos mais pequenos, há quem tenha suprimido totalmente as iluminações natalícias. Vila de Rei e Proença-a-Nova são dois desses exemplos. Na autarquia de Proença a opção passou por apoiar um concurso do comércio tradicional.
Já do outro lado da Serra, em Seia, a autarquia diz que este ano "poupança é palavra de ordem". Daí ter apostado em parcerias com superfícies comerciais para que iluminassem as rotundas da cidade, de que resultou a colocação de iluminação de Natal nas principais entradas da cidade, nas rotundas dos Martinhos e na Avenida Terras de Sena. "Ainda, num esforço dos colaboradores da Câmara Municipal de Seia, o largo da Câmara encontra-se iluminado por uma árvore desenhada, construída e colocada pelos serviços camarários" explica a Câmara que diz que assim a cidade "ganhou um pouco de magia natalícia, lembrando alturas em que toda a cidade era iluminada durante o mês de Dezembro, opção atualmente impossibilitada pelas fortes restrições orçamentais."



Autor
NC

Categoria
Secções Actualidade

Palavras-Chave
Natal / Câmara / iluminação / cidade / Guarda / autarquia / Jesus / Interior / Menino / luzes

Entidades
Menino Jesus / Amândio Melo / Joaquim Morão / Paulo Fernandes / Proença

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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