Amândio gostaria de ter feito mais

2013-09-11

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Autarca diz que obras sociais não são exageradas e critica Estado por não disponibilizar meios.

"Exageradas? Eu até acho que foi pouco. Gostaria de ter feito muito mais". Foi assim que no passado domingo, na sua terra natal, Carvalhal Formoso, o autarca belmontense, Amândio Melo, respondeu a quem o acusa de ter abusado de obras no sector social, como centros de dia ou postos de saúde. O autarca diz que a obra está feita e que o que falha é o Estado, que depois não disponibiliza meios para que tudo funcione devidamente.
"Tem que se criticar é o Estado, por não disponibilizar médicos, ou por, lamentavelmente, não assinar protocolos de colaboração com instituições como esta" disse o autarca na inauguração do centro de noite de Carvalhal Formoso. Na localidade, já existia um Centro de Dia, junto ao qual se construiu um anexo, que possibilita a estadia a 10 utentes. Um investimento de cerca de 150 mil euros, excluindo o equipamento.
Uma infra-estrutura que segundo o presidente da Junta de Freguesia de Inguias, David Velho, "dignifica a freguesia e é mais um objectivo conseguido. Amândio Melo é o principal responsável" frisa o autarca. Que acredita que haverá idosos a recorrerem ao serviço. "É uma obra importante para a população. Já temos pessoas a manifestarem a sua vontade em cá dormir" assegura. No Centro de Dia, gerido pela Santa Casa da Misericórdia, há, para já, quatro utentes. "O Interior está a ficar desertificado" lamenta David Velho.
Quanto a Amândio Melo, recordou todo o trajecto destes 12 anos como presidente de Câmara, em que diz ter procurado levar a cabo obras que "dessem resposta às necessidades das pessoas" Neste seu último acto oficial, recordou obras como o parque empresarial, "que não existia", centros de dia, postos médicos, a rede de museus, a construção do estádio municipal e do pavilhão de Caria. "A nossa política foi suprir necessidades" reafirma, dizendo ter sido um "privilégio estar neste papel". No Carvalhal, Amândio Melo dá, desde o passado domingo, nome à rua onde está o centro de dia. "É um sentimento especial, por ser na minha terra. Não foi propositado, acabou por calhar assim" diz.
Sobre os seus mandatos, revela orgulho "pelos investimentos que foram feitos. Não foi fazer por fazer. Eram necessários" assegura, criticando sim o Estado por apostar em "obras megalómanas ou em submarinos" em vez de apostar num investimento de proximidade que "dê vida às coisas".

(Notícia completa na edição papel)