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Uma ou duas maternidades podem encerrar na Beira Interior

2011-12-07

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A criação de um Pólo de Saúde da Beira Interior – como uma experiência piloto, que agregue as Unidades Locais de Saúde da Guarda e Castelo Branco, o Centro Hospitalar Cova da Beira e os centros de saúde da Cova da Beira – e o encerramento de uma ou duas maternidades na região, para concentrar os partos na Covilhã, são duas das propostas do relatório do grupo técnico para a Reforma Hospitalar.

O documento, apresentado há duas semanas e conhecido na íntegra na semana passada, preconiza profundas alterações na organização das estruturas de saúde da Beira Interior. Segundo o relatório, a concentração de serviços sugerida deverá estar concluída até Março de 2013.

O grupo técnico, liderado por José Mendes Ribeiro, considera proveitosa a "constituição do Pólo de Saúde da Beira Interior, como uma experiência piloto de alargamento do conceito de Unidade Local de Saúde à plena articulação ou mesmo integração do centro Hospitalar Cova da Beira e da ULS da Guarda (e/ou Castelo Branco) e também do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira".
Segundo o relatório o objectivo é "potenciar a missão dos respectivos hospitais enquanto hospitais com Ensino Universitário, dada a criação em finais de 1998 do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior".
Com a arquitectura proposta, os responsáveis pelo estudo técnico pensam dessa forma criar "um espaço mais amplo de intervenções e partilha de recursos".
O documento faz também referência à situação das três maternidades da Beira Interior: Guarda, Covilhã e Castelo Branco, defendendo que uma ou duas terão de encerrar, considerando o número de partos no conjunto das três.
"Também no sector materno infantil importa repensar o desenho da actual oferta", sublinha o relatório. "A situação existente na Beira Interior, com três maternidades abertas e com um total de partos anual na ordem dos dois mil é outro exemplo, que também exige uma profunda reflexão", acrescenta o estudo.

Tendo em conta a importância dada ao reforço da veia universitária dos hospitais desse cariz, é de supor que a encerrarem maternidades, a Covilhã poderá vir a concentrar o serviço, embora o relatório não seja explícito.

Depois de em 2005 a concentração de maternidades ter sido tema de discussão, quando a medida foi anunciada pelo governo de Santana Lopes, e de o assunto ter voltado à actualidade no ano seguinte, durante o mandato de José Sócrates, que acabou por não tomar qualquer decisão em relação à Beira Interior, a concentração de blocos de parto volta a ser preconizada.

A ameaça do encerramento de maternidades provocou grande agitação social e na Covilhã a Praça do Município encheu em Abril de 2006 para uma manifestação convocada pela autarquia para rejeitar a possibilidade de o serviço deixar de funcionar na cidade.



Autor
NC

Categoria
Local Região

Palavras-Chave
Beira / Saúde / Interior / Cova / maternidades / Hospitalar / Branco / Covilhã / relatório / Castelo

Entidades
José Mendes Ribeiro / Santana Lopes / José Sócrates / Reforma Hospitalar / Unidade Local de Saúde

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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