João Morgado ganha prémio Vergílio Ferreira

2012-03-07

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Escritor covilhanense diz que veredicto final é dos leitores.

O Prémio Literário Vergílio Ferreira 2012, instituído pela Câmara Municipal de Gouveia, foi atribuído à obra "Diário dos Imperfeitos", da autoria de João Morgado, natural da Covilhã, anunciou na passada quinta-feira, 1, a autarquia.
Segundo uma nota da Câmara de Gouveia, a decisão foi aprovada por um júri constituído por representantes do município, da Associação Portuguesa de Escritores e da Associação Portuguesa de Críticos Literários, que avaliou cerca de 70 obras a concurso.
O autor da obra premiada, João José Morgado, assina com o pseudónimo de Romão Moraes.
João Morgado é professor do Instituto Politécnico de Setúbal e actualmente trabalha como consultor e formador na área da comunicação, tendo já sido colaborador dos jornais Público e Sol. Segundo a mesma fonte, o seu primeiro romance - "Diário dos Infiéis" (2010) -, "teve um assinalável sucesso".
A Câmara Municipal de Gouveia anunciou que a obra vencedora do 15.º Prémio Literário Vergílio Ferreira "será editada com a chancela da autarquia e o autor receberá um prémio no valor de quatro mil euros", numa cerimónia a realizar em Agosto. O galardão distingue as categorias de romance inédito, ensaio literário e a categoria não literária de estudos locais de Património, História e Cultura do Concelho de Gouveia.
Na edição deste ano foi atribuído à categoria de romance inédito, refere a autarquia presidida por Álvaro Amaro.
O Prémio Literário Vergílio Ferreira é um galardão instituído pelo município de Gouveia com o objectivo de homenagear o escritor natural da freguesia de Melo, naquele concelho, incentivar a produção literária e contribuir "para a defesa e enriquecimento da língua portuguesa".
"Satisfeito, mas veredicto final é dos leitores"
Em declarações ao NC, João Morgado diz que o prémio é "o reconhecimento de um trabalho efectuado, o que muito me deixa satisfeito, porque vem premiar uma obra ainda inédita." O autor revela que ao fim de um ano a trabalhar nesta obra "sentimos sempre algum nervosismo e ansiedade e, neste momento, ver que o trabalho agradou é uma sensação de algum alívio." Morgado lembra que o romance esteve a concurso com pseudónimo e "foi eleito entre mais de sete dezenas de trabalhos a concurso, por um júri que teve representantes da Associação Portuguesa de Escritores e da Associação Portuguesa de Críticos Literário. Mas agora falta o veredicto final, que é o dos leitores" salienta.
Sobre o livro, diz que o «Diário dos Imperfeitos» continua uma viagem "pela intimidade das pessoas. Relata-nos a uma viagem iniciática ao prazer em contraponto com a moral social e religiosa, e em que todos os sentimentos são postos em causa. No final descobre-se que todos os personagens são imperfeitos e têm um lado oculto no mais íntimo de si" conta.