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Torre de Santo António: futuro em aberto

2012-07-18

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Ainda não se sabe se é para vender ou concluir.

Todas as possibilidades estão em aberto para a Torre de Santo António. Certo é que terá de ser tomada uma decisão, que poderá passar pela sua conclusão ou a venda, diz o gestor operacional do fundo de investimento imobiliário que negociou o prédio com o Montepio.
"Os fundos não podem ter os imóveis parados, têm de os rentabilizar", sublinha Luís Leite. No entanto, qualquer decisão a ser tomada terá em consideração a opinião da autarquia. "Não quer dizer que façamos o que a Câmara disser, mas levamos em linha de conta os interesses do município", realça o gestor, consciente de que se trata de um edifício "emblemático" na cidade. "Naturalmente, não iremos fazer nada sem ser em consonância com a Câmara", reforça.
"Temos todas as hipóteses em aberto", vinca Luís Leite. Descartar possibilidades só depois de ser feito um estudo económico e financeiro, de se conversar com a edilidade e de o imóvel estar efectivamente nas mãos do fundo de investimento imobiliário, gerido pela Square Asset Management.
A Torre de Santo António, localizada na zona oriental da Covilhã, foi posta à venda pelo Montepio em Janeiro de 2008. No final do ano passado o prédio foi negociado num conjunto de 1800 outros imóveis. Segundo o gestor operacional do fundo comprador, por se tratar de uma quantidade avultada, as escrituras estão a ser feitas em bloco e a que inclui o mais alto edifício da cidade ainda não foi registada, pelo que a venda ainda não foi formalizada.

"Temos mesmo de actuar"

Só depois de a operação estar finalizada se fará uma análise concreta sobre o edifício. Há três semanas estiveram no local técnicos e avaliadores, já que a compra obriga a incluir dois pareceres independentes sobre os imóveis. O que significa que o valor plasmado no contrato-promessa pode ser reajustado, por ter de se enquadrar nos valores resultantes da avaliação. Depois prevêem-se análises mais rigorosas.
"Nós nem sabemos exactamente a situação técnica em que se encontra o edifício, para pedirmos orçamentos para a sua conclusão", refere o gestor, alertado para o número "significativo de anos da estrutura", começada a erigir há 38 anos. Depois de o fundo ser proprietário de direito da torre, é necessário "fazer estudos aprofundados para saber se a estrutura está afectada".
Quando o processo de compra estiver concluído e os elementos necessários estiverem disponíveis, Luís Leite acentua a necessidade de tomar decisões. "Seja decidindo pela conclusão, seja vendendo a terceiros, temos mesmo de actuar", garante.



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local Covilhã

Palavras-Chave
António / Santo / Torre / Luís / Leite / gestor / fundo / edifício / aberto / Câmara

Entidades
Certo / Luís Leite / Câmara / Montepio / Square Asset Management

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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