Torre de Santo António vendida

2012-07-11

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O mais alto edifício da Covilhã foi comprado ao Montepio por um fundo de investimento imobiliário.

A Torre de Santo António foi vendida a um fundo de investimento imobiliário ligado à Caixa Agrícola e gerido pela empresa Square Asset Management. A transacção aconteceu no final de 2011, depois de o Montepio ter posto o imóvel à venda há quatro anos.

O último projecto para o edifício previa a conclusão da obra e a construção de mais dois blocos, de quatro andares, um de cada lado. Uma intervenção para a qual a licença está ainda válida, já que as renovações anuais foram feitas. O NC procurou saber o que se pretende fazer com a Torre de Santo António, mas a empresa responsável nada adiantou.

Questionado sobre o valor da aquisição e a sua motivação, Pedro Botelho, arquitecto responsável pelas negociações, encaminhou os esclarecimentos para a empresa, que também não responde. Entretanto, fonte da Square Asset Management informou que a Quinta de Santo António não consta neste momento da base de dados.

Miguel Sales, director do Departamento de Imobiliário do Montepio, acredita que quem comprou também quer vender. Este responsável diz que o projecto de conclusão da Torre de Santo António não avançou, como estava previsto, porque a construção não é a vocação do banco. A intenção "era tornar o projecto mais aliciante para os promotores", mas com o mercado parado, optou-se por não arriscar.

"Nós fomos sempre procurando encontrar soluções para esse imóvel", salienta Miguel Sales, que também reuniu com a Câmara Municipal da Covilhã no ano passado. Desde que o Montepio decidiu vender a Quinta de Santo António, com a torre habitacional inacabada, em Janeiro de 2008, o director de imóveis do banco informa que vários investidores mostraram interesse, até porque se tratavam de "valores interessantes para quem compra". "Depois, as pessoas voltavam atrás", conta.

O negócio foi sendo adiado "por contingências dos promotores". Chegou-se a pensar num hotel, para habitação e mais tarde concluiu-se que a tipologia mais adequada seria a criação de apartamentos mais pequenos, direccionados para estudantes. "A crise dos últimos quatro anos tornou o processo ainda mais complexo", explica Miguel Sales, ao NC.

Uma das preocupações manifestadas prendia-se com a quantidade de anos que o prédio está devoluto e o seu estado de conservação. Miguel Sales refere uma conversa com o arquitecto do projecto original, Pinto de Sousa, pouco antes desde falecer, há um ano, durante a qual garantiu que a Torre de Santo António "era dos prédios com estruturas mais sólidas". O director de imóveis do Montepio faz ainda referência ao hábito que o engenheiro responsável por acompanhar a empreitada tinha de, semanalmente, recolher amostras de betão para analisar no Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

(Notícia completa na edição papel)