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Empresários obrigados a deslocalizar trabalhadores

2012-10-17

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Devido às portagens.

empresários, na Beira Interior, que já deslocalizaram trabalhadores para outros grandes centros no País devido às portagens na A23 e A25. E que só ainda não deslocalizaram as respectivas empresas devido aos custos económicos que isso comporta. É o caso de António Ezequiel, empresário que integra também o Movimento de Empresários P'la Subsistência do Interior e que na passada sexta-feira, 12, participou na marcha lenta promovida pela Comissão de Utentes contra as portagens na A23, A24 e A25, que mobilizou dezenas de viaturas entre a Covilhã e Fundão.
António Ezequiel explica que desde 1 de Outubro, o que verificou na sua frota automóvel é que, realizando os mesmos percursos, em auto-estrada, os custos aumentaram, com o fim das isenções e apesar das anunciadas reduções de preços nas portagens. "Com os mesmos percursos, e passando pelos mesmos pórticos, paga-se mais" assegura o empresário do ramo alimentar, que garante que o desconto de anunciado "não é de 15 por cento, mas sim de 12". O empresário diz que já contestou o facto à concessionária da A23, a Scutvias, "que diz que os preços são da responsabilidade da Estradas de Portugal". Com um total de 40 viaturas a circularem diariamente na A23 e A25, António Ezequiel diz que hoje os custos para a empresa são "incomportáveis" e apesar de, até hoje, não ter despedido ninguém devido às portagens, "já tive que deslocalizar trabalhadores para uma filial que temos em Coimbra, para baixar custos. E em 2013 vamos deslocalizar mais" assegura. O empresário diz que os custos associados às acessibilidades tornaram as empresas do Interior "menos competitivas", e que para muitas só há duas soluções: "ou fecham ou deslocalizam-se".
"Irracionalidade económica"
Para Marco Gabriel, da Comissão de Utentes, existe hoje uma "irracionalidade económica" no Interior, com as empresas a serem "obrigadas a utilizar nacionais quando têm uma aurto-estrada ao lado". Este responsável acredita que a região hoje "está pior do que antes de aparecer a A23" e que tudo o que o Interior não precisa "é de mais constrangimentos". A A23, A24 e A25 "não devem ser portajadas", reitera, criticando a falta de alternativas existentes. "Ou são troços onde se pode andar apenas a 50 quilómetros por hora, ou então, vias degradadas". Marco Gabriel mostra-se a favor da petição lançada, na Internet, pelos empresários do Interior, pois "tudo o que seja contra as portagens é louvável", e diz que o fim das isenções foi "mais uma injustiça" cometida pelo Governo. "Acredito na mudança que o País reclama, pois não é possível viver mais assim" afirma.
Sobre a marcha lenta, Marco Gabriel mostrou-se satisfeito com a adesão dos automobilistas e lembrou que está agendado um novo protesto para dia 28 de Outubro, com uma marcha pedestre entre as vilas da Boidobra e Ferro, passando simbolicamente por um caminho sob a autoestrada da Beira Interior.



Autor
João Alves

Categoria
Secções Centrais

Palavras-Chave
Interior / portagens / Devido / Empresários / Ezequiel / custos / António / Gabriel / Marco / deslocalizaram

Entidades
António Ezequiel / Marco Gabriel / Movimento de Empresários P'la Subsistência do Interior / Comissão de Utentes / Beira Interior

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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