Morão diz que deixa concelho

2012-10-10

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Balanço do último mandato.

O presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, acredita que vai deixar o concelho "incomparavelmente melhor" e "sem dívidas", após quatro mandatos a liderar o município.
Ao fazer um balanço da actividade, o autarca refere que aquilo que mais o satisfaz é o modo como vai deixar a cidade: "é incomparável", e tem havido "uma mudança significativa, para melhor".
Tal como a maioria dos autarcas do País, o socialista Joaquim Morão está impedido pela lei de limitação de mandatos de se recandidatar à Câmara local nas eleições autárquicas de 2013. "Vamos chegar ao final cumprindo todos os compromissos com que nos apresentámos ao eleitorado", tanto no que respeita à construção de equipamentos, na cidade e freguesias, como ao nível do desenvolvimento económico, destaca. Morão sublinha a concretização de um "fortíssimo investimento" na regeneração urbana, com destaque para as obras na zona antiga de Castelo Branco, onde está em marcha um programa de recuperação de habitações.
Também na área histórica foi construído o Museu Cargaleiro, um dos novos equipamentos municipais, a par de outros cujas obras estão a decorrer, como um centro de artes e um aeródromo. Igualmente pronta a arrancar está a remodelação total da zona da estação de caminhos-de-ferro, que inclui a construção de um novo terminal de transportes.
Mesmo este último mandato, ainda em curso, é classificado por Morão como "excelente", apesar das limitações financeiras globais provocadas pela crise. Antes de começar cada obra, "asseguramos os financiamentos para a executar, sem derrapagens e sem contratempos, com controlo". O autarca destaca o facto de o município pagar pontualmente os compromissos financeiros, sem acumular dívida para próximos mandatos. "Montámos uma estratégia para nós pagarmos, não para os que vieram a seguir pagarem", sublinha.
As últimas edições do Anuário Financeiro dos Municípios têm colocado a Câmara de Castelo Branco no quadro das autarquias com melhor situação financeira do País. Para Joaquim Morão, o futuro passa por continuar a executar o plano estratégico Castelo Branco 2020, um documento que está a ser seguido e prevê medidas de regeneração da cidade a par do desenvolvimento económico.
Oposição elogia autarca
Os partidos da oposição em Castelo Branco são unanimes em elogiar o trabalho do presidente do município, o socialista Joaquim Morão, e dão nota positiva à obra feita e à gestão financeira.
Manuel Eusébio, o único vereador da oposição, eleito pelo PSD, faz um "balanço positivo" e destaca "a boa gestão financeira, reconhecida por entidades independentes". "O actual presidente é o motor dessa gestão", realça.
João Pedro Delgado, eleito pela CDU na assembleia municipal, também elogia a "competência na gestão". Considera, no entanto, que o executivo está muito concentrado na "política de betão" e faltam iniciativas que dinamizem a população. "Todas as políticas do concelho, seja de cultura, desporto ou caúde, passam pela construção de qualquer coisa", sublinha o comunista.
João Salavessa, eleito pelo CDS-PP na assembleia municipal, também dá nota positiva à Câmara e considera que "o trabalho é do presidente Joaquim Morão e não do PS". Hoje a cidade "está dotada de quase todas as infra-estruturas que necessita" e no futuro a questão coloca-se "na capacidade de manutenção e dinamização de tudo o que está feito".
Globalmente, "o mandato é positivo", realça Luís Barroso, deputado municipal do Bloco de Esquerda, que lamenta ainda não ter sido construído um novo centro coordenador de transportes - obra em fase de lançamento. O município "tem uma boa situação financeira que, independentemente de todas as restrições, dá folga para que, quem vier a seguir, possa usufruir dessa boa gestão", conclui.