Temporal destroi carros e empresas

2012-10-31

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Na zona industrial.

Para uns, vento muito forte. Para outros, um tornado. Fosse o que fosse, a verdade é que o mau tempo que se fez sentir na tarde da passada quinta-feira, 25, em Castelo Branco, provocou avultados prejuízos na zona industrial, onde cinco empresas foram afectadas e 32 viaturas ficaram danificadas.
Rui Gonçalves, um dos proprietários de uma oficina automóvel que ficou parcialmente destruída, diz que tudo aconteceu "em dois ou três segundos" e que só tiveram tempo de se abrigar. O empresário garante que, devido aos estragos, é impossível trabalhar rapidamente."Não sei se demora um mês ou dois, não tenho a noção disso", disse, em relação às obras para recuperar as suas instalações.
Fernando Barata, o proprietário de uma empresa de engenharia energética, garantiu que as instalações "vão ter de ser recuperadas de raiz". A empresa, com sede em Coimbra, emprega cerca de 40 pessoas em Castelo Branco e quase todas estavam fora das instalações, em serviço externo. Na totalidade das empresas afetadas trabalham cerca de 60 pessoas.
"O fenómeno meteorológico adverso registou-se às 14 horas e 40 e levou as coberturas dos pavilhões, inutilizou inúmeros veículos, tendo projetado um deles a mais de 100 metros e danificou, ainda, um cabo de média tensão", segundo o comandante distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco, Rui Esteves. Não houve danos pessoais, mas segundos os bombeiros encontraram-se objetos projetados "a mais de dois quilómetros" da zona industrial.
Segundo alguns trabalhadores das empresas afectadas, "de repente, começou a acelerar (vento) e a ficar mais intenso e comecei a ver chapas e outros objetos pelo ar que pareciam folhas de papel". Tudo muito rápido, coisa de segundos" contam.
Acolheram ao local 20 operacionais, entre bombeiros, GNR e PSP, bem como os piquetes da EDP e PT, e o próprio autarca local, Joaquim Morão, esteve no local, prometendo ajuda a quem foi afectado. Segundo ele, a Câmara "tratou de arranjar pavilhões alternativos para que estas empresas possam continuar a laborar", contando com a solidariedade de outros empresários da zona industrial.