Confirmadas três mortes em Maçaínhas

2012-07-20

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Duas jovens, 13 e 16 anos, e um homem, 56.

As três vítimas mortais do incêndio que hoje deflagrou numa habitação de três pisos em Maçainhas, no concelho de Belmonte, são um homem de 56 anos e duas adolescentes de 13 e 15 anos, informou fonte da GNR.
Segundo o tenente João Sousa, comandante do Destacamento Territorial da GNR da Covilhã, as vítimas, emigrantes em França, estavam "a passar uns dias de férias em Portugal".
O responsável adiantou que o homem era tio das duas raparigas que têm familiares na aldeia de Maçainhas, não tendo revelado as suas identidades.
"Tinham vindo para Maçainhas há três dias e estavam a passar férias aqui na aldeia com a família", disse a vizinha Sara dos Santos, que não escondeu a tristeza com a tragédia, afirmando que "o povo está doente com isto que aconteceu".
O alerta para o incêndio foi dado às 10:31 e, segundo o comandante dos Voluntários de Belmonte, António Leitão, quando os bombeiros chegaram ao local já nada puderam fazer para salvar as três pessoas que estavam no seu interior.
"Quando chegámos ao local, constatámos que o edifício [de três pisos] estava completamente tomado pelas chamas e pouco mais nos restou, senão fazer a proteção dos edifícios confinantes", declarou.
António Leitão acrescentou que o edifício que ardeu, localizado no centro da localidade, era de traça antiga e foi consumido "em dez ou 15 minutos".
Os habitantes que deram conta do início do fogo relataram que tudo aconteceu "muito rapidamente", havendo também quem refira ter escutado "uma explosão".
José Monteiro contou que ainda tentou apagar o incêndio, com um vizinho, mas já não conseguiu, tendo-se limitado a "telefonar para os bombeiros de Belmonte".
Já João Clemente, ouviu pedidos de socorro e "uma explosão e fumo a sair" da casa, mas quando chegou ao local viu "tudo completamente a arder".
O comandante dos bombeiros disse que as chamas terão começado "no primeiro andar" da casa e expandiram-se depois para o piso superior.
Em relação à origem do fogo, admitiu que "todas as causas estão em cima da mesa".
Segundo António Leitão "só os peritos é que nos podem dizer qual o motivo que deu origem a este trágico acidente".
O incêndio está a ser investigado por elementos da Polícia Judiciária da Guarda, que estão no local e procederam à limitação de um perímetro de segurança em redor da habitação que foi completamente destruída pelas chamas, ficando apenas com as paredes.
Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco estiveram no local 44 bombeiros, de Belmonte, Covilhã e Fundão, apoiados por 16 viaturas.
(Lusa)