Grupo quer saber quais os apoios do Estado a partir de Janeiro.
O Teatro das Beiras, na Covilhã, quer saber com que condições irá contar, a partir de Janeiro, no que toca aos apoios do Estado ao teatro. O grupo covilhanense integra a Plataforma das Companhias de Teatro (PCT) profissional que, na passada semana, no Parlamento, revelou que há grupos que "vivem uma situação de emergência" e exigiu uma "clarificação das condições em que vão viver a partir de Janeiro" próximo.
A Plataforma foi, na semana passada, ouvida numa audiência com a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, e no final, o porta-voz do grupo, Pedro Rodrigues, da Escola da Noite, lembrou que a reunião foi pedida pela PCT, que é constituída pela Escola da Noite - Grupo de Teatro de Coimbra, ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve, CENDREV - Centro Dramático de Évora, a Companhia de Teatro de Braga, o Teatro das Beiras e o Teatro do Montemuro. "Pedimos esta reunião aos deputados depois de várias tentativas, sem sucesso, de nos reunirmos como Plataforma ou individualmente, quer com a Secretaria de Estado da Cultura, quer com a Direção-Geral das Artes [DGArtes]",afirma à Lusa Pedro Rodrigues. "Nós queremos saber em que condições vamos poder trabalhar a partir de Janeiro próximo, na medida em que não foram abertos quaisquer concursos, e o vínculo com o Estado termina em Dezembro", afirma.
O porta-voz da PCT afirma que, "de 2009 ao presente ano, estas seis companhias perderam 45 por cento do financiamento público, tendo perdido trabalho 50 pessoas, isto é metade", pois neste momento empregam 50 pessoas.
Quanto ao financiamento público para o próximo ano, Pedro Rodrigues afirma que, "a ter em conta as declarações do diretor-geral das Artes, segundo as quais seria semelhante aos valores de 2012, isto é 11 milhões, equivale a uma quebra significativa". "Em 2012, esses 11 milhões destinaram-se aos concursos quadrienais e bianuais, e os que vão, supostamente, reabrir a partir de setembro são todos, isto é, os quadrienais, bianuais, anuais e os pontuais - ou seja, a mesma verba a dividir por um número maior de concursos", justifica.
O diretor-geral das Artes, Samuel Rego, disse à Lusa no passado dia 13 que, a partir 24 de Setembro, abrem os concursos de apoio às artes com um montante que deverá ser "semelhante a este ano". Pedro Rodrigues afirma que, no "atual cenário de crise, têm sido maiores os cortes nas artes que noutros setores, revelando uma clara desvalorização deste Governo pela cultura". O responsável criticou também a proposta da DGArtes de recolher contributos de todos os agentes, entre 20 de Agosto e 07 de Setembro. "Revela-se absolutamente desnecessário, pois não haverá tempo para implementar no terreno quaisquer sugestões, e a própria DGArtes diz isso", argumenta.
Autor
Notícias da Covilhã
Palavras-Chave
Teatro / Janeiro / Beiras / Rodrigues / Estado / Artes / Pedro / Plataforma / PCT / Covilhã
Entidades
Pedro Rodrigues / Samuel Rego / Grupo / Plataforma das Companhias de Teatro / Parlamento
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