Dias Rocha admite dificuldades financeiras.

Site parado. Presença nas redes sociais, nula. E ausência notada na última feira de turismo de Telavive, em Israel. A Rede de Judiarias de Portugal está, neste momento, "a recuperar" depois de, em Novembro de 2017 ter sido notícia pelos piores motivos: um alegado desvio de verbas por parte do ex-consultor, Marco Baptista.

Dias Rocha, presidente da Câmara de Belmonte, entidade que preside à direcção da Rede, reconhece que o momento é de reorganização, mas assegura que o trabalho tem continuado, sobretudo com a preparação de candidaturas a projectos nacionais e internacionais. "A Rede estava presa a um projecto grandioso, o EA Grants (do Governo da Noruega). Só que esse acabou. Estamos a trabalhar para fazer candidaturas a projectos nacionais e a um novo EA Grants. Precisamos de parceiros, como a Turismo do Centro e a própria secretaria de Estado do Turismo, mas temos feito o nosso trabalho. Agora não queremos é estar nas bocas do mundo, muito menos pelas razões pelas quais andámos" afirma o autarca.

Recorde-se que em Novembro de 2017, a Rede de Judiarias apresentou uma queixa-crime contra o seu ex-consultor, Marco Batista, pelo alegado desvio de 115 mil euros. Baptista, que esteve depois desaparecido vários meses, está indiciado pelo crime de peculato. O ex-candidato do PSD à Câmara da Covilhã reapareceria em Março de 2018, internado na psiquiatria do Hospital Sousa Martins, na Guarda, onde foi depois detido pela PJ. Ouvido no tribunal de Castelo Branco, acabou por aguardar em liberdade pelo julgamento do processo, sob medida de coação de termo de identidade e residência.

"A justiça será feita"
Apesar deste caso, Dias Rocha recorda também que foi na Rede de Judiarias que decorreu o EA Grants "mais concretizador" do País, pelo que se tem esperança de novo financiamento norueguês até porque houve municípios que não foram contemplados. Porém, reconhece que agora é tempo de recuperar e por isso, a presença da Rede pode notar-se menos. " A Rede foi depauperada financeiramente. Não há dinheiro, não se pode fazer grande coisa" frisa, lembrando que, por exemplo, foram questões financeiras que impediram a presença em Israel na última feira de turismo. Rocha, contudo, diz que todo o trabalho está a ser objecto de análise e recorda que este ano deverá haver eleições para os órgãos sociais.

Sobre o caso do alegado desvio de verbas, o autarca apenas refere que está "a decorrer na justiça" e confia que "a justiça será feita".

Autor
João Alves

Categoria
Local

Palavras-Chave
Rede / Judiarias / Site / Rocha / Grants / turismo / desvio / Novembro / Marco / alegado

Entidades
Dias Rocha / Marco Baptista / Marco Batista / Baptista / Rede de Judiarias de Portugal

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