Relvas cancela ida à Universidade

2013-01-30

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À porta manifestantes disseram que ministro perdeu a oportunidade de tirar um curso.

Com ironia, algum sarcasmo, os cerca de 50 manifestantes que na passada quarta-feira, 23, esperavam à porta da UBI o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, diziam que o governante, ao cancelar a sua visita à Universidade tinha perdido a oportunidade "de tirar um curso". Miguel Relvas estava anunciado como um dos oradores da conferência "Áreas urbanas portuguesas 2014-2020", mas à última da hora cancelou a vinda à Covilhã, enviando o secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio (que entretanto se demitiu).

Escapou assim à contestação de alguns cidadãos, a maioria, ligados a sindicatos, que queriam confrontar o governante com vários temas, como a lei das freguesias, as portagens, e, em suma, a degradação das condições de vida para os cidadãos do Interior. "O intuito era demonstrar mais uma vez que estas políticas estão erradas e, de uma vez por todas, dizer ao Governo que tem que se demitir pois está a destruir completamente o País" afirma Marisa Tavares, da União dos Sindicatos de Castelo Branco, que lamenta o facto de Miguel Relvas não ter aparecido. "Não há que desmotivar. Esta é a demonstração que o Governo tem algum receio. Não sei quais os motivos para não vir, mas é a demonstração de que teve medo de vir à Covilhã, onde já tinha estado o ministro da Economia, com a demonstração de insatisfação que aconteceu" afirma a sindicalista.

Aliás, Marisa Tavares promete empenho dos sindicatos em todas as visitas oficiais de membros do Governo ao distrito e, provavelmente, amanhã, sexta-feira, 1, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que tem visita agendada para o Fundão, poderá "provar" mais uma demonstração de descontentamento, à semelhança da que viu há bem pouco tempo no Parkurbis. "Nós soubemos hoje dessa possível visita ao Fundão. Ainda não temos nada marcado, mas vamos reunir e mostraremos mais uma vez lá o nosso descontentamento. Já o prometemos há algum tempo atrás e enquanto este Governo não for embora, iremos continuar a estar" promete.