NEWSLETTER MEDIA
O Arquivo Web do Notícias da Covilhã. Explore o passado deste jornal centenário
O Arquivo Web do Notícias da Covilhã. Explore o passado deste jornal centenário O Arquivo Web do Notícias da Covilhã.
Explore o passado deste jornal centenário

Hospital garante ter sítio para os mortos

2012-10-10

00:00    00:00

Negado que fiquem junto aos vivos, à noite, no hospital.

O hospital da Guarda assegurou na passada segunda-feira, 8, que dispõe de instalações específicas para guardar corpos de pessoas falecidas durante a noite, rejeitando que fiquem em espaços onde se encontram doentes internados. O caso foi noticiado nesse dia pelo Jornal de Notícias, que referia que "Os vivos dormem com os mortos no hospital da Guarda", alegadamente por a unidade de saúde pretender "poupar dinheiro" com os motoristas.
A direção da Unidade Local de Saúde (ULS), presidida por Ana Manso, reagiu dizendo que o Hospital Sousa Martins (HSM) "é uma unidade hospitalar humanizada, que dispõe, para além da morgue, de espaços próprios para guarda dos corpos, com dignidade e reserva, que cumprem todos os requisitos de higiene e segurança". Adianta que a guarda de pessoas falecidas durante a noite é feita "em espaços próprios no interior do hospital, procedendo-se à sua trasladação para a morgue no início da manhã seguinte".
Segundo aquele diário "quem morrer no hospital da Guarda a partir das 20 horas fica na enfermaria até de manhã. Com os vivos. Os motoristas que levavam os cadáveres à morgue deixaram de receber horas extras".
A diretora clínica da ULS da Guarda, Fátima Cabral, explicou em conferência de imprensa que o serviço procura "sempre que haja um espaço digno para que os cadáveres fiquem em reserva [até serem transferidos para a morgue]" e nunca sentiu "que houvesse falta de dignidade nas pessoas que morrem no hospital" durante a noite. A responsável explica que a morgue do HSM funciona fora do edifício hospitalar e reafirma que quando os óbitos ocorrem no período noturno ficam no hospital em "espaços próprios reservados para isso".
Em média, por semana, "não morre mais do que uma a duas pessoas por noite" naquele hospital, "o que faz com que não haja qualquer problema" com a prática em vigor, observa.
Fátima Cabral disse que a situação actual deixa de existir quando o novo bloco hospitalar - que actualmente está com as obras paradas - estiver em funcionamento. O edifício "tem morgue com espaço independente, onde não circulam pessoas" e proporcionará "condições ideais para não mais se levantar este problema", observa a responsável.
A ULS também assinala que em qualquer hospital a morgue tem um horário específico de funcionamento "para além do qual não se pode proceder ao levantamento dos corpos", sendo que a da Guarda funciona das 8 às 20 horas. Qualquer falecimento que ocorra fora deste período determina que o levantamento do corpo, pelos familiares, só possa ocorrer no dia seguinte, conclui.



Autor
NC

Categoria
Local Guarda

Palavras-Chave
Hospital / Guarda / morgue / Negado / pessoas / espaços / unidade / vivos / ULS / durante

Entidades
Ana Manso / Fátima Cabral / Unidade Local de Saúde / HSM / Guarda

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

partilhe!

veja também

Zebras pede demissão de Geraldes

Em causa fecho da extensão de saúde...

Dois médicos para oito mil utentes

Centro de saúde tinha cinco médicos, agora só tem dois...

VOLTAR À PÁGINA INICIAL