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Quem ri por último, ri melhor, diz Carlos Pinto

2012-07-18

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Contrato de financiamento da barragem assinado sexta-feira

O entrave à assinatura do protocolo de financiamento da Barragem das Cortes está desbloqueado e o acordo é formalizado na próxima sexta-feira, 20, pelas 11h, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Covilhã. Uma cerimónia que contará com a presença do secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques. "Quem ri por último, ri melhor", diz Carlos Pinto, presidente da edilidade.
A informação foi adiantada na passada sexta-feira, 13, durante a inauguração de um espaço comercial na cidade. Pouco depois, na abertura da Feira de São Tiago, o autarca mostrou-se renitente a comentar os desenvolvimentos do processo. Limitou-se a dizer que há um adágio popular que resume o que aconteceu: "Quem ri por último, ri melhor".
A cerimónia esteve agendada para 29 de Junho e o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira chegou a deslocar-se à Covilhã, mas acabou por ser cancelada sem explicações e sem o governante querer confirmar se a decisão estava relacionada com uma carta enviada por 13 municípios a contestar a assinatura do protocolo, como se veio a confirmar.
Treze dos municípios que integram o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Alto Zêzere e Côa (AZC) enviaram uma carta ao Ministério da Economia, com conhecimento do Ministério do Ambiente, a alertar que a anunciada assinatura do contrato de financiamento para a nova barragem viola os pressupostos do decreto-lei que criou o sistema. Os municípios em causa sublinhavam que a AZC tem a concessão, em exclusivo, da exploração e gestão e ameaçavam com novas acções judiciais caso o processo avançasse como estava anunciado.

Obra orçada em 28 milhões de euros

Uma semana depois Carlos Pinto confirmou ter sido essa missiva a motivar o cancelamento da cerimónia. Gesto que considerou um "um acto desesperado" "de quem tem de pagar 40 milhões de euros e aumentar as tarifas da água 600 por cento". O presidente do município covilhanense reconheceu a "ameaça" do documento, mas mostrou-se confiante e disse que a "serenidade é a melhor atitude". "Se o documento valer zero, a câmara nada tem de dizer", acentuou.
Carlos Pinto disse ainda considerar uma hipocrisia os municípios que assinaram a missiva dizerem que não têm nada contra a Covilhã e mostrou-se irritado com as acusações de que a autarquia serrana apenas cumpre as leis que quer. Sobre a participação no Sistema Multimunicipal, Carlos Pinto garantia apenas ter participado em reuniões preparatórias.
O financiamento da albufeira, de que se fala há duas décadas, é garantido com 14 milhões do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT). O Banco Europeu de Investimento empresta 10 milhões para a infra-estrutura, avaliada em 28 milhões de euros, que terá um investimento camarário de quatro milhões de euros.
Segundo a autarquia a nova albufeira demorará três anos a estar concluída. No pico da laboração, estarão envolvidos 400 trabalhadores.



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local Covilhã

Palavras-Chave
Pinto / Carlos / milhões / Cortes / Salão / Nobre / Municipal / melhor / Economia / último

Entidades
Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional / António Almeida Henriques / Carlos Pinto / Álvaro Santos Pereira / Sistema Multimunicipal

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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