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Funicular sem descanso

2013-10-10

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O ascensor levou muita gente a dispensar o carro e a andar mais a pé, poupando tempo e dinheiro.

Sem descanso. Quando a porta abre para saírem passageiros, já há gente à espera para entrar. Tanto no sentido ascendente como descendente. Tem sido assim desde 1 de Setembro, dia em que o Funicular de São João foi inaugurado e levou os residentes do Bairro do Rodrigo a criar novas rotinas.
"Costumava ir de carro ou autocarro para o trabalho, no Pelourinho, agora vou a pé", diz Ana Rogeiro, enquanto desce o ascensor à hora de almoço. Um comentário, de resto, repetido por muita gente, como é o caso de José Silva, 64 anos, que deixou de se deslocar de carro para ir ao centro da cidade. "Agora venho a pé, até faz melhor à saúde. Subo até à Garagem de São João e aí a gente já se sente quase lá em cima", comenta o morador na Rua Mateus Fernandes, a quem o equipamento, a quarta obra do Plano de Mobilidade da Covilhã, dá "muito jeito".
Luís Fernandes, 15 anos, mora no Rodrigo e estuda na Escola Campos Melo, para onde ia diariamente a pé, pelo Ramal da Estação. "Agora é mais rápido, dá mesmo muito jeito a mim e a muita gente que faz o mesmo percurso. O Funicular é bastante utilizado durante todo o dia", sublinha o jovem, cuja mãe praticamente deixou de utilizar o automóvel para ir trabalhar. "Passou a andar mais a pé", nota, um dos objectivos da sua construção, que visava vencer a altimetria da cidade e facilitar a circulação pedonal.
De regresso à escola, Luís não tem dúvidas da poupança de "tempo e dinheiro" que o elevador representa. "A Covibus é que fica a perder, porque a estação aqui ao pé agora está quase sempre vazia", realça.
De vez em quando o aparelho avaria, mas o estudante, que já lá ficou preso dentro, atribui as falhas à utilização intensiva e garante não ter receado. "Já cá ficaram várias pessoas presas, quando foi comigo, estava com mais gente, carregámos no botão de ajuda, disseram-nos para mantermos a calma e não demorou muito até voltar a andar", conta Luís Fernandes.
Raquel Correia, 37 anos, utiliza também diariamente o Funicular, ligação entre a Escola do Rodrigo e a Garagem São João, para ir pôr o filho ao autocarro. "Evita que pague transporte cá de baixo", acentua. "Vêm que tem muita gente, qualquer dia vão é querer pôr isto a pagar", comenta um senhor que faz a mesma viajem.
Moradores do Ramal pedem janelas duplas para atenuar o barulho
E se a maioria o utiliza por necessidade, Alice Almeida, 65 anos, censura quem anda a passear. Com a agravante de isso a perturbar ainda mais, já que o início do funcionamento do Funicular significou o fim do sossego para quem mora nas casas ao longo do Ramal. "Isto veio valorizar a Covilhã e esta zona, mas veio transtornar a vida de quem mora nestas casas, porque este barulho dos carris ouve-se o dia inteiro dentro de casa, não se tem sossego", lamenta Alice, que lamenta já ter sido "bastante sacrificada" durante as obras, com a agravante de terem estado paradas durante muito tempo.

(Notícia completa na edição papel)



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local Covilhã

Palavras-Chave
gente / Funicular / descanso / Fernandes / João / Rodrigo / muita / Ramal / Luís / Escola

Entidades
Ana Rogeiro / José Silva / Luís Fernandes / Luís / Raquel Correia

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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