Número dois da autarquia.
Carlos Martins, um dos dois vereadores em permanência no município, é o vice-presidente da Câmara da Covilhã. A escolha foi divulgada após a primeira sessão de câmara, realizada na última sexta-feira, 25, à porta fechada.
Na mesma reunião foram conhecidos os pelouros atribuídos a Vítor Pereira, Carlos Martins e Paula Simões. O presidente informou ainda que Jorge Torrão será o seu adjunto e será responsável por algumas áreas, como é o caso do Desporto e Cultura. Carlos Mineiro é o chefe de gabinete, onde estão também a trabalhar Márcia Silva, transferida do Urbanismo, e Mafalda Gomes, contratada para as funções.
No gabinete de Vítor Pereira desempenha ainda "funções genéricas de apoio ao órgão" o presidente da Junta de Freguesia da Covilhã e Canhoso, Paulo Ranito, o que originou críticas de Pedro Farromba e Nelson Silva, vereadores do Movimento Acreditar Covilhã, que consideram essa proximidade "uma injustiça" em relação aos restantes presidentes de junta e lhe pode dar acesso a informação privilegiada e gerar conflitos de interesses.
Vítor Pereira considerou as preocupações dos dois vereadores "uma falácia", lembrando que no anterior mandato Carlos Pinto nomeou seu adjunto o presidente da junta de Santa Maria, António Rebordão.
Vereadores questionam "elevado valor" da avença de Romeu Afonso
O outro nome que vai integrar o gabinete do presidente é Romeu Afonso, ex-deputado municipal socialista formado em Economia, mas a requisição dos seus serviços, em regime de avença, por um período de um ano, renovável por mais dois, foi contestada por Pedro Farromba e Nelson Silva, por a contratação representar um encargo mensal para o município "superior a três mil euros".
Os dois vereadores da oposição dizem existir funcionários na autarquia habilitados para fazer esse trabalho, questionam o "elevado valor em causa, muito acima da remuneração de um técnico superior ", e censuram a proposta não vir acompanhada do currículo de Romeu Afonso, que comprove a sua experiência nas áreas em que vai trabalhar, e de documentos que demonstrem a cabimentação orçamental. A "inexistência de qualquer consulta ao mercado para encontrar pessoas com competências similares nas áreas em apreço, eventualmente a um preço inferior", foi outro dos motivos invocados para o voto contra.
Os eleitos independentes do Movimento Acreditar Covilhã censuraram igualmente o afastamento das responsáveis pelo Gabinete de Comunicação e Relações Públicas, Ana Simões, e pelo Departamento de Educação, Desporto e Cultura, Ana Brancal, "para colocar pessoas afectas ao PS". Pedro Farromba e Nelson Silva argumentam não ser possível, em quatro dias, aferir a competências das referidas funcionárias.
"São questões de articulação", justifica Vítor Pereira, adiantando querer despachar com pessoas com quem normalmente trabalha, para uma "articulação funcional". Todavia, o presidente garante que "todos os funcionários vão ser tratados com dignidade" e executarão funções de acordo com as suas competências e formação académica.
(Notícia completa na edição papel)
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Martins / Carlos / Pereira / Covilhã / vice-presidente / Silva / Vítor / presidente / vereadores / Câmara
Entidades
Carlos Martins / Vítor Pereira / Paula Simões / Jorge Torrão / Carlos Mineiro
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