Fecho equacionado pelo Governo.
São 17 as repartições de finanças em risco de fecharem na Beira Interior. Segundo um estudo do Sindicato de Trabalhadores dos Impostos, publicado pelo DN na passada segunda-feira, 7, há, no País, 154 repartições em risco de encerrarem, sendo que destas, 10 estão localizadas no distrito da Guarda e sete no de Castelo Branco.
De acordo com o mapa da alegada reorganização dos serviços de finanças, divulgado encerram no distrito da Guarda as repartições de Aguiar da Beira, Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Manteigas, Mêda, Pinhel, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa.
Já no distrito de Castelo Branco, estão sinalizados os concelhos de Belmonte, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão.
Para já, o Governo não confirma estes dados, mas esta hipótese já levou autarcas e partidos a contestarem na região. Por exemplo, na Guarda, o presidente da federação do PS, José Albano Marques, considera "lamentável" o eventual encerramento de repartições de finanças em dez municípios do distrito. A confirmar-se a notícia, ficariam apenas em funcionamento as repartições de finanças de Guarda, Seia, Gouveia e Sabugal. "Embora sendo um estudo, este modelo conta com a oposição dos autarcas do PS [do distrito da Guarda]. Achamos lamentável que não se encontrem outras soluções para a população", diz à Lusa, o dirigente distrital socialista da Guarda.
Segundo José Albano Marques, o PS "continuará contra o encerramento de serviços e estará na linha da frente a favor da manutenção destes serviços em cada um dos concelhos" do distrito da Guarda. "As populações já têm dificuldades e o encerramento das repartições de finanças será mais um acréscimo. Acaba por ser mais um sacrífico. As pessoas terão que gastar mais dinheiro para se deslocarem a outros concelhos", afirma. O dirigente alerta "que as pessoas estão fartas de sacrifícios" e que não iriam "perdoar" mais esta atitude do Governo.
A possibilidade do fecho das repartições de finanças revela "um desnorte total da parte deste Governo pelo encerramento de serviços", denuncia, observando que "já nem escapam os serviços de cobrança de impostos".
Em Belmonte, por exemplo, há já alguns anos que se fala do possível fecho da repartição. A Assembleia Municipal já aprovou moções contra essa hipótese e o autarca local, Amândio Melo, explicara numa reunião deste órgão que tal poderia ter como causa a elevada renda que as finanças pagam pelo edifício onde estão, disponibilizando-se a ceder um espaço público do município para poder conservar o serviço.
Autor
NC
Palavras-Chave
Interior / Guarda / repartições / Beira / finanças / distrito / Castelo / Vila / Governo / serviços
Entidades
José Albano Marques / Amândio Melo / Sindicato de Trabalhadores dos Impostos / DN / PS
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