Orçamento é de oito milhões

2013-01-02

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Assembleia aprova orçamento por maioria PS. Um valor "curto", diz o PSD. Um documento sem novidades, para a CDU.

A Assembleia Municipal de Belmonte aprovou por maioria, na passada quinta-feira, 20, com os votos favoráveis da maioria PS, abstenção do PSD e voto contra da CDU, o Plano e Orçamento para 2013, da Câmara Municipal, de cerca de oito milhões de euros.
Para Acácio Dias, deputado do PSD, um valor "curto", num documento semelhante aos anos anteriores, com receitas quase exclusivamente "vindas de transferências da Administração Central". Segundo o deputado, "a Câmara não gera receitas com vista ao desenvolvimento" e apresenta um orçamento "ao sabor do tempo e das contingências dos constrangimentos que vivemos" afirma.
Já a deputada da CDU, Dulce Pinheiro, diz que o documento não apresenta novidades "com vista à mudança". A comunista diz que há uma "ausência de objectivos" e que a fatia destinada ao apoio social é "quase só de apoio aos idosos". Dulce Pinheiro lamenta que não haja novidades em assuntos como o PDM, desenvolvimento económico ou cultura, e lembra que "não basta apresentar verbas, é preciso executá-las".
O Plano acabou por passar com os votos favoráveis da maioria socialista. Eduardo Gomes diz que "reflecte contenção e rigor orçamental", mas faz também uma clara aposta "em infra-estruturas de apoio social". O deputado do PS, no entanto, recorda que este orçamento encerra um ciclo, já que é o último sob a liderança de Amândio Melo, e aconselha o próximo executivo a "apostar na juventude e criação de emprego".
Já na Câmara, o orçamento tinha sido aprovado na semana passada. Segundo o presidente, Amândio Melo, um orçamento em que as prioridades serão a criação da rede de lares e centros de noite no concelho e algumas requalificações urbanas. "A prioridade é a rede social. As obras para 2013 têm cobertura financeira, esperemos é que não haja mais cortes" afirma o autarca.
Quanto o vereador independente da oposição, Jorge Amaro, classifica este orçamento como "o mais realista" dos últimos 12 anos. "É o último do mandato e por isso importa fazer um balanço da estratégia definida. Ficaram algumas obras por fazer, como o Centro Educativo de Caria, mas o que não está cumprido no plano social está previsto no próximo orçamento" afirma. Aliás, uma das obras é lar de Caria, que segundo Jorge Amaro poderá ser inaugurado em Abril, durante as festas do concelho. "Este foi o orçamento de maior rigor dos últimos 12 anos. Não se anunciam obras que não se podem cumprir" afirma.