Reitor pede 500 mil euros cativos pelo Estado

2013-10-16

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A verba vai permitir colmatar a falta de 450 mil euros para saldar o 14º mês, inicialmente não previsto no orçamento e que o Tribunal Constitucional determinou pagar.

O reitor da Universidade da Beira Interior avisa que no final do ano se vai registar uma diferença de 450 mil euros entre as transferências do Governo e a quantia necessária para saldar o 14º mês na instituição, o que vai obrigar a desviar verbas "que fazem falta noutras áreas".
António Fidalgo espera que o Governo desbloqueie os 500 mil euros cativos no início do ano à universidade, para colmatar esse diferencial. A quantia é relativa a 2,5 por cento do orçamento e é retida às instituições de ensino superior, mas não às que são fundações, "as mais ricas". "No nosso caso [o valor da cativado] daria para cobrir o montante que falta no 14º mês", salienta.
Para não fechar as contas com défice, a instituição terá de utilizar verbas destinadas a outro fim, nomeadamente obras de manutenção. "Vamos ter de arrebanhar de todos os lados", sublinha.
Para o próximo ano também são esperadas dificuldades face à redução das transferências do Orçamento de Estado. Apesar de alguma apreensão, o reitor nota que as contas estão estabilizadas e não prevê cenários dramáticos.
Embora não tenha divulgado o montante, o reitor foi na semana passada informado do orçamento da UBI para o próximo ano, actualmente 21 milhões de euros. "Vamos ser afectados por uma redução", confirma Fidalgo. "A indicação é que há cortes, não no montante enorme que se temia, mas há cortes", acrescenta, embora frise que "não será por aí que a universidade vai entrar em ruptura".
A instituição não está totalmente dependente dessas verbas, já que vive actualmente com 40 por cento de receitas próprias. No entanto, António Fidalgo alerta para as consequências desses cortes, por exemplo na contratação de pessoas para substituir as qua se reformam.

(Notícia completa na edição papel)