Cinema deve voltar à Covilhã em Junho

2013-02-06

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Até a situação do Serra Shopping ser resolvida a sala do Águias do Dominguizo vai ser reactivada "quanto antes".

Até Junho a situação das salas de cinema do Serra Shopping, encerradas desde 30 de Janeiro, deve estar resolvida, transmitiu a Sonae Sierra, proprietária do centro comercial, à Câmara da Covilhã. Até lá será possível ver cinema no Águias do Dominguizo e Unidos do Tortosendo, com quem está a ser acordada a reactivação das suas salas.

A informação foi adiantada por Pedro Farromba, vice-presidente do município, na última reunião camarária, na sexta-feira, 1. O autarca, que já trabalhou na Sonae Sierra, disse ter tido a garantia da empresa de que "até Junho a questão estará resolvida", embora não tenha adiantado qual poderá ser a solução. A exploração do espaço por parte da Lusomundo, agora ligada ao mesmo grupo, é uma possibilidade ventilada, só que não confirmada.

E se a colectividade do Dominguizo confirma as negociações com a autarquia, Paulo Bicho, presidente do Unidos, diz ao NC não ter sido contactado. Todavia, adianta que a agremiação escreveu à distribuidora Castello Lopes a sugerir que esta passe a explorar a sua sala, com 420 lugares.

Por meios próprios é improvável, "nós não temos condições financeiras", justifica o dirigente. Mas se a Câmara Municipal da Covilhã ajudasse a suportar os custos, seria um cenário a equacionar, frisou na última segunda-feira Paulo Bicho.

Cinema no Dominguizo vai reabrir "quanto antes"

Quinta-feira, na véspera do anúncio do município, José Matos, presidente do Águias do Dominguizo, disse haver "interesse comum" em reabrir o Cinema Carlos Pinto, sala totalmente equipada, com 130 lugares, inaugurada a 8 de Dezembro de 2001 e encerrada em 2005, quando as receitas deixaram de cobrir as despesas, o que coincidiu com a abertura do Serra Shopping.

Paulo Rosa, vereador com o pelouro da cultura, no dia em que deixou de haver cinema na Covilhã deslocou-se ao Dominguizo, para ver as condições e avaliar o que é necessário para poder reabrir. Ainda na semana passada a direcção reuniu para tratar dos pedidos de obtenção das licenças necessárias e da fiscalização do espaço.

Quando fechou, o bilhete custava 2,5 euros para o público em geral. Quando reabrir, "quanto antes", embora não seja possível apontar uma data, José Matos promete "tentar manter os preços acessíveis".

Na sala de projecção, junto às fitas de trailers guardadas dentro das latas, Pedro Aguilar salienta o conforto da sala, bem equipada, com uma boa máquina, sistema de som e ar condicionado, mas sem possibilidade de exibir películas em 3D. "Em conforto não fica aquém das outras", assegura o dirigente do Águias do Dominguizo.

"Não fui só eu que fiquei desiludido quando fechou", diz, à volta da mesa de bilhar, Alexandre Ramos, 23 anos, sócio da colectividade. "Acho uma vergonha deixar de haver cinema comercial no distrito e é um desperdício uma sala como a nossa estar assim fechada", opina.